Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Renan sob pressão

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Renan sob pressão

Congresso em Foco

27/5/2007 | Atualizado 28/5/2007 às 6:20

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), corre contra o tempo para convencer os colegas de que não teve as despesas pessoais pagas pelo lobista da empreiteira Mendes Júnior, Cláudio Gontijo. Neste domingo, Renan passou o dia na residência oficial preparando sua defesa e o discurso que promete fazer na tribuna do plenário nesta segunda-feira (28).

Renan pretende usar suas declarações do Imposto de Renda (IR) de anos anteriores para demonstrar que tem renda suficiente para pagar a pensão sem a ajuda de terceiros.

O senador quer evitar a todo custo que a denúncia, apresentada pela revista Veja, seja alvo do Conselho de Ética do Senado, que se reúne pela primeira vez este ano nesta quarta-feira. Na pauta oficial está apenas a eleição do presidente e do vice-presidente do Conselho. Segundo o líder do PDT na Casa, Jefferson Peres (AM), é "fundamental que antes dessa reunião Renan se explique sobre as denúncias de que teria recebido ajuda da empreiteira Mendes Júnior para pagar contas particulares."

O presidente do Senado divulgou uma nota pública, na noite de sexta-feira, negando ter recebido os favores. "Mas não convenceu os senadores. Eles cobram provas de sua inocência. A vários colegas, com  quem falou por telefone, ele garantiu ter como afirmar que a denúncia é falsa", diz reportagem deste domingo do jornal Correio Braziliense.

“Ele tem como comprovar. Vai complementar a informação com a declaração de Imposto de Renda, de bens, pagamentos e investimentos que possui”, conta o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Os peemedebistas insistem, de acordo com a matéria, que a nota de Renan bastou para encerrar o caso, mas vários líderes partidários vêem o texto como uma resposta emocional à acusação.

Entre as perguntas não respondidas, a reportagem de Helayne Boaventura destaca a de como Renan pagou por vários meses uma pensão informal de R$ 16.500 à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos, se recebe como parlamentar R$ 12.700. O senador deve alegar que os pagamentos são compatíveis com a renda declarada por ele nos últimos anos: R$ 201 mil, em 2005, e R$ 435 mil, em 2006. Parte dos recursoss seria proveniente de "rendimentos agropecuários".

O presidente do Congresso ainda não explicou o nível de suas relações com Gontijo, e se esse contato teria favorecido a empreiteira Mendes Júnior em contratos com o governo. “Está em jogo a credibilidade da revista (Veja, que publicou a denúncia) e a palavra de Renan. Agora é a fase da exibição de provas”, cobra o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN). “Está na hora desse fato ser esclarecido porque é grave o envolvimento do presidente do Congresso”, acrescentou.

Renan, segundo o Correio, partiu para o ataque e passou a mandar recados para os políticos. “Se os parlamentares querem discutir a relação entre os políticos e as empreiteiras, acho um ótimo debate! Mas será com todos os empreiteiros e com todos os políticos”, teria dito a um amigo o presidente do Senado. (Lúcio Lambranho)

Leia também:

Corrupção provoca perdas indiretas de R$ 1,5 bi por ano no Brasil

Além de uma soma incalculável desviada dos cofres públicos e consumida em propinas todos os anos, a corrupção custa ao Brasil cerca de R$ 1,5 bilhão por ano em perdas indiretas, segundo reportagem de Patrícia Campos Mello publicada neste domingo (27) no jornal O Estado de S.Paulo.

Segundo a matéria, esse valor é o total de recursos que deixam de ser gerados por causa dos efeitos da corrupção sobre os investimentos, os gastos do governo, a inflação, a educação e a credibilidade do país. Os cálculos do rombo são do especialista Axel Dreher, professor do Centro de Pesquisas de Conjuntura do Instituto Econômico Suíço. "Com esse dinheiro, o governo federal poderia tapar os buracos de 4 mil quilômetros de estradas", explica o texto.

Nas contas do especialista, o Brasil perde por ano, em média, 0,08% do PIB por causa de custos indiretos da corrupção (em valores de 2006, US$ 715 milhões). E segundo a mesma pesquisa, em PIB per capita, o Brasil deixa de ganhar US$ 270 todos os anos.

“A corrupção leva à queda do investimento estrangeiro direto, as elites cleptocratas ganham renda à custa de uma possível redução da pobreza, e enquanto os efeitos no volume de investimentos do governo não são claros, há uma evidente perda de qualidade nesses investimentos”, diz Dreher. Ele e é autor de vários estudos em que calcula o impacto da corrupção sobre expectativa de vida,  escolaridade, investimento, gastos do governo e inflação. (Lúcio Lambranho)

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Mendes pede dados para julgar soltura de Zuleido

Mendes pede dados para julgar soltura de Zuleido

STF publica em meia hora decisão de habeas corpus de Zuleido

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

2

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

3

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara

4

MANOBRA NA CÂMARA

Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação

5

Nova condenação

TRF-4 sentencia Bolsonaro a pagar indenização de R$ 1 mi por racismo

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES