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Jogo virtual confunde agência, senador e deputada

Congresso em Foco

30/3/2007 | Atualizado às 15:11

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Um jogo virtual patrocinado pelo Guaraná Antarctica, em parceria com a Editora Abril, acabou confundindo a Agência Amazônia de notícias e levando o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) e a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) a fazerem discursos acalorados no Congresso sobre a soberania da Amazônia.

É o que revela a reportagem de Malu Delgado na edição desta sexta-feira (30) do jornal Folha de S.Paulo. O alvo da agência de notícias e dos dois parlamentares foi a Arkhos, uma empresa fictícia criada no jogo virtual Zona Incerta.

A brincadeira tem como eixo uma misteriosa história envolvendo o biólogo Miro Bittencourt, que teria descoberto segredos da fabricação do guaraná. "A Arkhos é a vilã que quer a Amazônia sob controle privado", explica a reportagem.

Sem saber de que se tratava de uma empresa fictícia, o líder do PSDB usou a tribuna do Senado ontem para protestar contra a Arkhos Biotech, "uma das maiores fabricantes do mundo de ativos vegetais para a indústria cosmética e farmacêutica". Na internet a empresa defende a internacionalização da Amazônia.

Da gravidade ao mico

"Tem notícia da maior gravidade que devo trazer ao conhecimento da Casa. Ela está no site da Agência Amazônia, sob o título 'Laboratório americano propõe privatizar a Amazônia'", alertou Arthur Virgílio. "Estou convidando essa empresa a se fazer representar em uma reunião da Subcomissão da Amazônia, que funciona na Comissão de Relações Exteriores", completou o senador.

A patrocinadora do jogo disse à Folha de S. Paulo que o Guaraná Antarctica aderiu a uma ferramenta de marketing inovadora e diferenciada, "o ainda pouco explorado 'alternate reality games' (ARGs), jogo que convida os consumidores da marca a desvendarem um mistério". A ação gira em torno da fórmula secreta do Guaraná Antarctica.

O mesmo jogo, segundo a reportagem, também tem um grupo ambientalista, o Efeito Paralaxe. A ONG vitural teria feito protestos reais  no dia da visita de George W. Bush ao Brasil.

Ao saber da real situação da empresa, o senador tucano reagiu com bom humor: "É um mico danado, hein! Mas vou continuar vigilante a meu estado, ainda que tenha que pagar outros micos. Neste caso foi brincadeira, mas tem gente que de fato pensa isso da Amazônia. Só não vou mais chamar o pessoal para depor".

Já na Câmara, a deputada Perpétua Almeida disse após ler a reportagem da Agência Amazônia que a privatização da Amazônia era um "acinte" e um ato gravíssimo, declarações também reproduzidas pela mesma agência de notícias (leia mais). Procurada por este site, Perpétua disse que não vai mais pedir a intervenção do Itamaraty no caso. A deputada acreana disse que não gostou da brincadeira. "Não se brinca com coisa tão séria e vou pedir explicações da empresa que patrocionou o jogo", prometeu.

O diretor e colunista da Agência Amazônia, Chico Araújo, disse ao Congresso em Foco que a reportagem não sabia de que se tratava de um jogo virtual. Mesmo assim, sustentou Chico, o marketing pode ser enquadrado por crime contra a soberania nacional previsto na lei 7.170/93 . "Esse jogo vai dar muita dor de cabeça para quem fez. Enquanto não se esclarece se foi propaganda ou não, alguém vai ter que se explicar", disse o jornalista, que promete mais reportagens exclusivas sobre o tema ainda hoje (30). (Lúcio Lambranho)

 

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