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Congresso em Foco
15/7/2025 | Atualizado às 8:10
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou uma verificação interna sobre a atuação de servidores lotados em seu gabinete parlamentar, especialmente os que trabalham de forma remota e, por norma da Casa, são dispensados de registrar ponto.
A decisão foi comunicada após o Congresso em Foco questioná-lo sobre comentários que passaram a circular no Congresso envolvendo supostas irregularidades no desempenho desses servidores.
As insinuações surgem em meio ao acirramento da disputa em torno das medidas de compensação ao fim do aumento do IOF, tema no qual Motta tem assumido posição crítica em relação à equipe econômica do governo.
Os rumores seriam de que alguns servidores do gabinete do presidente da Câmara exercem, paralelamente, funções em atividades privadas, como uma fisioterapeuta e uma médica em formação. A prática, contudo, não configura irregularidade. Como a Câmara permite o trabalho remoto sem controle de ponto presencial, a jornada é regida por metas semanais e entregas, e não por horário fixo.
Em outro caso citado, uma servidora acumula dois cargos públicos, sendo um no Estado da Paraíba. Com efeito, a legislação permite o acúmulo, desde que respeitadas as cargas horárias previstas.
Procurada pelo Congresso em Foco, a assessoria do presidente da Câmara informou que Hugo Motta preza "pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara. Diante das informações fornecidas pela reportagem, o deputado solicitou uma apuração interna para averiguar os casos mencionados".
Embora não haja qualquer indício concreto de irregularidade, aliados avaliam que os rumores fazem parte de um movimento orquestrado para desgastar politicamente o presidente da Câmara no momento em que ele lidera um posicionamento firme contra medidas de aumento de impostos.
Relembre
A tensão entre o presidente da Câmara, Hugo Motta, e integrantes do governo federal se intensificou após a revogação, pelo Congresso, do decreto que aumentava o IOF sobre operações de câmbio para financiar o piso da enfermagem.
Motta tem sido uma das principais vozes contra a tentativa do Executivo de compensar a perda de arrecadação por meio de medidas que, na visão da Câmara, aumentam impostos de forma insustentável. Ele tem reiterado publicamente que o equilíbrio fiscal precisa passar pela contenção de despesas, não apenas pelo aumento da carga tributária.
O clima político se acirrou desde então, com Hugo Motta assumindo protagonismo nas articulações de líderes, que passou a defender abertamente cortes de gastos como prioridade na política fiscal.
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