Segundo turno embola o jogo

Faltaram 21 votos para o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), eleger-se presidente da Casa em primeiro turno. Ele teve 236 votos, contra 175 do atual presidente, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e 98 de Gustavo Fruet (PSDB-PR). Foram registrados ainda três votos brancos. Não houve voto nulo ou abstenções, e somente um dos 513 novos deputados não votou, o empresário Camilo Cola (PMDB-ES), dono da Viação Itapemirim.

Para se eleger na primeira votação, um dos candidatos deveria ter no mínimo 257 votos. Embora Chinaglia tenha chegado mais perto disso, seu desafio agora é atrair os eleitores de Fruet para sua candidatura. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) disse ao Congresso em Foco que mais de 80% dos que ficaram com o tucano no primeiro turno optarão por Aldo na segunda rodada de votação (leia mais), que já se encontra em andamento.

Aliados de Aldo cantam vitória

A confirmação do segundo turno deixou os aliados de Aldo bastante confiantes. O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice-líder do governo na Câmara, acredita que Aldo vai superar o candidato petista no segundo turno com os votos de Fruet.

“Nós confiamos muito nos eleitores de Gustavo Fruet, com 98 votos, e temos a confiança de que teremos a vitória”, afirmou. “É hora do PSDB não deixar o PT colocar uma estrela no bico do tucano”, complementou o parlamentar gaúcho.

Ele também acredita que Chinaglia pode até perder alguns votos. “Ele ganhou muito voto por causa do que se formou em torno dele. Agora os outros deputados sabem que Aldo também pode vencer”, avaliou.

Um dos líderes da terceira via, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), afirmou que a indicação do grupo será para votar em Aldo. “Evidente que gostaríamos de estar no segundo turno. Mas estamos felizes por termos 20% da Casa a favor da terceira via”, declarou Jungmann.

O lado do PT

Para o deputado Maurício Rands (PT-PE), os 98 votos dados a Fruet são na maioria de deputados tucanos. O petista tem confiança de que a maioria desses votos vai migrar para Chinaglia. O deputado lembrou que o primeiro apoio tucano foi para o candidato petista. “Neste segundo turno, poderemos garantir os 21 votos que faltam para a vitória”, disse.