Na primeira reunião ministerial do ano, Lula vai cobrar melhora na comunicação

O presidente Lula reúne todos os seus ministros nesta segunda-feira (18), a partir das 9h, no Palácio do Planalto. Na primeira reunião ministerial do ano, Lula pretende cobrar do primeiro escalão do governo melhora na comunicação. Para Lula, o governo não está sabendo levar até a população as realizações que têm feito. Esse seria, na avaliação do Planalto, um dos principais motivos para a queda de popularidade do governo captada em pesquisas de opinião realizadas recentemente. Ele também deve reforçar o pedido para que os ministros rodem o país, usem mais as redes sociais deem entrevistas para divulgar ações positivas do governo de maneira geral, e não só de suas pastas. A última reunião ministerial foi realizada em 20 de dezembro de 2023. Lula exigiu que todos os ministros compareçam ao Planalto. Fernando Haddad, da Fazenda, cancelou sua participação no "Diálogo de Transição Energética de Berlim", na Alemanha, para estar presente no encontro ministerial. Pesquisa Genial/Quaest divulgada no último dia 6 mostra que a avaliação ao trabalho do presidente Lula recuou de 54% para 51%, entre dezembro de 2023 e o final de fevereiro. Já a desaprovação passou de 43% para 46% nesse período. Considerando-se a margem de erro, de 2,2 pontos percentuais, há praticamente um empate técnico entre a aprovação e a rejeição, situação inédita desde o início da série histórica em fevereiro de 2023. É a pior avaliação registrada pelo atual governo nesse período. Conforme a pesquisa, os evangélicos puxam a queda, com 62% de desaprovação do presidente. Para 60% dos eleitores, Lula exagerou ao comparar a guerra em Gaza com o que Hitler fez na Segunda Guerra Mundial. Outro fator que contribuiu para a queda na aprovação está na percepção dos entrevistados de que a economia piorou nos últimos meses. Para 38% dos eleitores, a situação econômica piorou e 73% veem alta nos preços dos alimentos A aprovação do presidente recuou em todas as regiões, com exceção do Nordeste. O cientista político Felipe Nunes, CEO do instituto Quaest, fez uma análise de cada ponto retratado pela pesquisa. Na avaliação dele, Lula precisa melhorar sua imagem em relação aos evangélicos, aos jovens e aos eleitores com melhor renda. Veja a análise de Felipe Nunes sobre a queda de popularidade de Lula