A conversa não acabou

A Polícia Federal indiciou hoje (26) o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) e a deputada Celcita Pinheiro (PFL-MT) pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As informações são da Folha Online.

Os parlamentares são acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. No entanto, eles foram absolvidos pelo Congresso.

O indiciamento foi solicitado pela força tarefa da PF que investiga o esquema. Nem Suassuna, nem Celcita foram reeleitos. Por esse motivo, os processos serão encaminhados para a justiça comum.

O peemedebista disse que não foi informado do indiciamento e que, portanto, não iria comentar o assunto. A deputada pefelista não foi encontrada para comentar o indiciamento.

Mais parlamentares indiciados

Além de Suassuna e Celcita, os deputados João Correia (PMDB-AC), Nilton Capixaba (PTB-RO), e mais doze parlamentares também foram indicados pela PF pelo mesmo motivo. Correia e Capixaba também foram absolvidos pelo Congresso.

Confira a lista de parlamentares indiciados pela PF

Jonival Lucas (PTB-BA)
Reginaldo Germanno (PP-BA)
Neuton Lima (PTB-SP)
João Grandão (PT-MG)
Cecilta Pinheiro (PFL-MG)
César Bandeira (sem partido-MA)
Paulo Feijó (PSDB-RJ)
Ney Suassuna (PMDB-PB)
Almeida de Jesus (PL-CE)
João Correia (PMDB-AC)
Júnior Betão (PL-AC)
Edna Macedo (PTB-SP)
Amauri Gasques (PL-SP)
Tetê Bezerra (PMDB-MG)
Vanderlei Assis (PP-SP)
Nilton Capixaba (PTB-RO).

Leia outras notícias publicadas hoje (26):

Petista quer cassar mandato de Jungmann

O deputado Eduardo Valverde (PT-RO) ingressou na Corregedoria da Câmara pedindo a abertura de processo contra o deputado Raul Jungmann (PPS-PE).

O petista pede a cassação do mandato do parlamentar pernambucano com base na denúncia do Ministério Público do Distrito Federal que acusa Jungmann de integrar um esquema que teria desviado R$ 33 milhões do Ministério do Desenvolvimento Agrário de 1998 a 2002, período em que o deputado do PPS era ministro.

De acordo com reportagem de Andreza Matais, da Folha Online, Valverde também pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue a denúncia.

O petista nega que tenha atendido um pedido do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que teve o mandato cassado em 2005. "Não se trata de uma retaliação. Foi uma convicção pessoal minha. Não consultei nem ao partido", declarou.

"O deputado foi vice-presidente da CPI dos Sanguessugas e um dos parlamentares mais veementes contra deputados acusados, muitos sem nenhuma prova. Agora vai ter que responder sobre as denúncias que o atingem", complementou.

De acordo com a assessoria da Câmara, a representação contra Jungmann será analisada na próxima legislatura.

O lado de Jungmann

Jungmann pediu para ser investigado pelo Conselho de Ética da Câmara sete dias antes de o deputado Valverde solicitar a abertura do processo. O parlamentar preferiu não comentar sobre as especulações de que Dirceu estaria envolvido na representação.

"O deputado Valverde é um seguidor do José Dirceu, é um bate-pau do Dirceu. Isso é de conhecimento público e notório e cada um tire suas conclusões", disse.

Tucano quer Fruet e Chinaglia na "aula" de Aldo

O deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), terceiro-secretário da Câmara, protocolou hoje (26) ofício ao presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para que os outros candidatos à presidência da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR), também participem do seminário que Aldo vai ministrar aos novos parlamentares.

Gomes argumenta que Aldo está em campanha pela reeleição e o ato pode beneficiar sua candidatura à reeleição. O evento começa na terça-feira e será encerrado na quarta, um dia antes da eleição para o comando da Câmara.

No ofício, o tucano pede que os dois candidatos tenham o mesmo tempo que Aldo para conversar com os novos parlamentares.

O programa oficial prevê duas palestras de Aldo na abertura e no encerramento do evento. "Nós estamos em processo eleitoral e ninguém desconhece isso, então todos os candidatos têm que ter o mesmo tempo. A Casa está patrocinando o evento", disse.

O presidente da Câmara já havia afirmado que o seminário foi programado pela direção da Casa e que ele não teve participação na escolha dos palestrantes.

PGR sugere arquivamento da petição de Berzoini

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sugeriu o arquivamento da petição apresentada pelo presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que interpelava judicialmente o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG). O procurador-geral enviou o parecer, hoje, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para avaliação dos respectivos ministros.

O presidente do PT contesta as acusações de Delgado à imprensa de que estaria envolvido na tentativa de compra de um dossiê contra candidatos tucanos. Segundo Antonio Fernando, a Constituição Federal garante imunidade aos parlamentares ao emitir as próprias opiniões.

Para o PGR, Delgado apenas fez “comentários superficiais e genéricos acerca do trabalho realizado pela Polícia Federal, deixando claro que não tinha conhecimento do grau de envolvimento do deputado Ricardo Berzoini, ou mesmo da existência de provas que o indicassem como mandante da compra do dossiê”.

PT discute expulsão de "aloprados" no dia 30

A executiva nacional do PT realiza, no próximo dia 30, uma reunião para colocar em pauta a instalação de um processo disciplinar no conselho de ética do partido pedindo a expulsão do ex-secretário do Ministério do Trabalho Osvaldo Bargas e do ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso. Eles foram citados no escândalo da compra de um dossiê contra políticos tucanos, no ano passado. Os dois ainda são filiados ao PT.