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Congresso em Foco
13/12/2006 | Atualizado às 11:06
A declaração do presidente Lula de que "gente idosa esquerdista deve ter algum problema" provocou reações na esquerda. O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, membro da Executiva Nacional do partido, criticou a conclusão de Lula de que a sua amizade com o ex-ministro Delfim Netto é um sinal "da evolução da espécie humana".
"Ele fez parte, como o Pinochet, de um período de triste memória em que se lançou mão da tortura, da prisão, do desaparecimento. Como todos que sujaram a mão de sangue, nunca terá perdão", afirmou Pomar em relação a Delfim. "Ele foi um dos maiores serviçais da ditadura. Não foi um soldado que recebia ordens, mas um ministro da célebre reunião que decretou o AI-5. E teve participação na elaboração da política econômica que foi extremamente danosa para o país", complementou.
De acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense, Pomar considerou "um erro" o elogio de Lula a Delfim, feito na última segunda-feira (11), quando o presidente recebeu o prêmio "Brasileiro do Ano" concedido pela revista Istoé.
O membro do Diretório Nacional do PT Markus Sokol também criicou as declarações do presidente. "Eu esperava outra coisa", afirmou. Segundo ele, Lula precisa esclarecer se, no seu segundo mandato, vai fazer "o governo de Delfim Netto" ou "o governo do candidato que colocou em xeque as privatizações".
Para o ex-deputado petista Plínio de Arruda Sampaio (Psol-SP), 76 anos, alguns petistas ficarão em situação difícil com as declarações do presidente. "Isso para mim não é mais mistério. Mas muito lulista vai ficar numa situação difícil porque acha que o presidente é de esquerda, quando o próprio diz que não é", disse. "Mas não me senti atingido. Estou achando é graça", declarou ao Correio.
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