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"Temos de nos cobrar muito mais", diz Lula ao PT

Congresso em Foco

25/11/2006 | Atualizado às 23:00

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No primeiro encontro do diretório nacional do PT após sua reeleição, o presidente Lula fez um apelo, nesta manhã em São Paulo, à militância do partido para que a legenda volte a ser exemplo para o país. Para o petista, é necessário conter a "volúpia" dos interessados em ingressar na sigla.

"O PT precisa voltar a ser exemplo neste país. Sou muito aberto, mas como governo temos de olhar essa volúpia de gente que quer entrar no PT", declarou. "Sair da encalacrada que nós saímos, não nos dá liberdade e sim obrigação de sermos muito mais exigentes com o movimento, cobrar muito mais de nós mesmos", completou.

Segundo Lula, o PT conseguiu superar um grave momento de crise e, depois de muitos acreditarem que a legenda tinha acabado, ela "ressurgiu das eleições tão ou mais forte do que antes". "Quero participar, não quero ficar sabendo das coisas pela imprensa, quero uma participação mais direta", afirmou.

Lula voltou a dizer que, agora, não terá mais de se comparar aos oito anos governo de Fernando Henrique Cardoso. "Nós vamos tomar posse em 1º de janeiro e não vamos mais nos comparar ao governo passado e sim aos nós mesmos. Se em quatro anos nós já batemos os oito deles, só nos resta isso", afirmou.

O petista defendeu ainda uma nova relação com o Congresso Nacional e com os movimentos sociais e disse que jamais se afastará do partido. "Diziam: o PT acabou. E o PT ressurgiu tão ou mais forte. Agora dizem que eu vou deixar o PT. Mas como posso sair do PT, se o PT não sai de mim?"

O presidente voltou a destacar a necessidade de se fazer um governo de coalizão e afirmou que ainda não definiu nomes para os ministérios. "Dos cargos de confiança, em 70 % não mexemos. Essas críticas são feitas para que deixemos eles lá. Não podemos aceitar divergências que colocam em nossa boca."

Garcia: mídia contra Lula perdeu eleição

A reeleição do presidente Lula representou a derrota de significativo setor da mídia, na avaliação do presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia. O petista se diz "espantado" ao ver publicidade em veículos de comunicação que fazem críticas sistemáticas ao governo.

"Confesso que fico espantado quando vejo revistas, que se transformaram em órgãos de difamação política, entupidos de propaganda oficial. As revistas deveriam refletir sobre isso", afirma. E o governo também, completa Garcia, em entrevista ao repórter Fábio Zanini, na Folha de S. Paulo.

Para o presidente interino do PT, o partido e seus aliados vão precisar de muito mais do que os oito anos de mandato de Lula para mudar profundamente o país. "Uma mudança não se faz em oito anos, ou quatro. País com um passivo social como o nosso precisa de uma geração para encontrar a embocadura do ciclo prolongado de crescimento", diz.

Segundo o presidente do PT, o partido vai construir uma melhor relação com o presidente no segundo mandato. Para ele, o partido não mobilizou os movimentos sociais de maneira a dar a sustentação necessária a Lula nem fez chegar diretamente ao presidente suas posições sobre os mais variados temas. "Nas duas coisas fomos um pouco omissos no primeiro mandato."

Na entrevista, o petista critica ainda o Banco Central pelos juros e chega a admitir estudar mudanças nas regras da Previdência, embora descarte a realização de uma nova reforma na área. Sobre os escândalos de petistas, afirma: "O PT não recruta seus quadros em mosteiros".

Leia trechos da entrevista de Marco Aurélio Garcia à Folha:

Críticas à imprensa
"Uma parte da imprensa hoje perdeu enormemente a credibilidade. Ela se posicionou fortemente contra a candidatura Lula e foi derrotada nessa eleição. Se você ouvir determinadas rádios, vê três ou quatro comentaristas que se seguem, batendo sempre na mesma tecla. Me diga algum comentarista, ao não ser um ex do seu jornal, o [Luís] Nassif, que hoje tenha uma posição diferente. O Vinicius [Torres Freire, colunista da Folha], talvez. Nem sempre ele está nessa linha, o Vinicius é uma pessoa mais independente."

"Mas a imensa maioria dos comentaristas de economia vem da mesma malta. A imprensa é que tem brigado comigo. Sempre que eu dou uma opinião que não corresponde à pergunta, que muitas vezes é uma tese, as pessoas caracterizam minha opinião como 'visivelmente irritado'."

Publicidade oficial
"Deve haver um critério amplo. Confesso que fico espantado quando vejo revistas, que se transformaram em órgãos de difamação política, entupidos de propaganda oficial. As revistas deveriam refletir sobre isso."

Baixo crescimento
"Tivemos que cumprir um roteiro de política macroeconômica que dificultava muito o ritmo de crescimento maior. Algumas correções poderiam ter sido feitas anteriormente, e nos teriam permitido crescimento mais expressivo."

A dose errada do BC
"Eu acho que um pouco, um pouco. Mas no fundamental a política econômica foi a que deveria ter sido adotada. Eu teria reparos no que diz respeito à dose."

Permanência de Meirelles
"Não vou opinar, porque a minha opinião pode derrubar até Wall Street. Ou até gerar euforia. Vou poupar o capitalismo disso."

Reforma da Previdência
"Por que vamos mudar a idade mínima se tem gente fraudando a Previdência, sonegando? Se essas coisas não derem certo, vamos estudar outras medidas. Não vamos mexer nas regras enquanto não fizermos isso."

Petistas e escândalos
"O PT não está recrutando seus quadros em mosteiros nem conventos. O problema da ética não está no fato de ocorrerem situações como essas [prisão do deputado eleito Juvenil Alves, do PT de Minas, acusado de fraudar R$ 1 bilhão], mas no fato de que elas sejam detectadas e que haja punição."

PT e Lula
"O PT vai ouvir o Lula e vai dizer que está disposto a construir uma relação melhor com o governo. Isso vai se dar em duas dimensões. Nós temos uma responsabilidade de mobilizar os movimentos sociais para dar uma sustentação maior ao governo. Em segundo lugar, o partido tem a obrigação de fazer chegar ao governo sua opinião sobre os mais variados temas. Nas duas coisas fomos um pouco omissos no primeiro mandato."

Mudança a longo prazo
"Não estou dizendo que o PT deva ficar [no poder]. Estou dizendo que precisamos do movimento de uma geração para transformar o país, e gostaria que o PT tivesse papel protagônico. Quem decide é a sociedade."

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