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Dossiê: delegado nega ter responsabilizado Berzoini

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25/11/2006 | Atualizado às 22:41

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Reportagem da Folha de S. Paulo deste domingo, que começou a chegar às bancas no final da tarde deste sábado (25), diz que a Polícia Federal e o Ministério Público concluíram que a compra do dossiê contra políticos tucanos partiu do presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini.

O delegado responsável pela investigação do caso, Diógenes Curado Filho, entrega na segunda-feira à Justiça Federal relatório sobre as investigações. Curado vai pedir mais 30 dias de prazo para concluir o inquérito.

Ouvido pelo portal G1, porém, o delegado negou que tenha  apontado Berzoini como a pessoa que teria autorizado a compra do dossiê. "A Polícia Federal não disse isso", afirmou.

Curado declarou que seu relatório vai apontar a participação, "com crimes bem definidos", de pessoas acusadas de envolvimento com a trama do dossiê. Mas não antecipou quem nem quantas pessoas devem ser acusadas formalmente.

O relatório parcial, segundo a Folha, não responsabiliza o presidente Lula, que desconheceria a negociação, apesar de ex-assessores diretos do presidente serem suspeitos de participação no caso.

Berzoini contesta reportagem

Em entrevista coletiva concedida há pouco, Berzoini voltou a negar envolvimento com o caso e disse que falta fundamento à reportagem da Folha. "Meu advogado conversou com o delegado titular do inquérito (Diógenes Curado), que informou que não há procedências nas acusações do jornal. Portanto, é uma matéria que não tem fundamento, que evidentemente atingiu mais uma vez a imagem de pessoas que estão se comportando tranqüilamente durante todo esse processo de apuração".

O deputado paulista afirmou que poderá processar o jornal por causa da matéria. "Vou examinar todas as possibilidades cabíveis. Pode ser um processo judicial". "Ele (Curado) diz que não há qualquer procedência nisso e que não existe qualquer correlação entre as apurações e aquilo que está sendo relatado na Folha de S.Paulo", emendou.

Apesar de negar envolvimento, as suspeitas sobre Berzoini lhe custaram o cargo de coordenador de campanha de Lula e a direção nacional do PT, da qual está licenciado. Ambos os cargos foram assumidos pelo assessor da presidência Marco Aurélio Garcia.

Berzoini diz que quer reassumir presidência do PT

O presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, afirmou que vai voltar à presidência do partido assim que forem concluídas as investigações sobre a compra do dossiê contra tucanos. De acordo com o petista, essa havia sido a condição imposta por ele quando decidiu se afastar, sob suspeita de sabia da negociação do material com o empresário Luiz Antonio Vedoin.

"A condição que estabeleci quando me afastei continua a mesma. Tenho direitos estatutários e vou apresentar isso ao partido", disse ele há pouco, durante o encontro do Diretório Nacional do PT, em São Paulo.

Berzoini disse que gostaria de já ter reassumido o cargo. "Só não volto agora porque estabeleci uma condição quando me licenciei que é a da apuração concluída e a investigação ainda não terminou. Gostaria que ela já estivesse concluída."

O deputado paulista repetiu o discurso do presidente Lula, que hoje cobrou dos petistas um melhor desempenho durante o segundo mandato. "O partido tem que trabalhar para que seja um exemplo inatacável", afirmou.

Apesar da suspeita levantada contra ele no caso do dossiê, Berzoini disse que se sente totalmente à vontade em meio aos membros do partido. "Sinto-me totalmente à vontade. Este é o meu partido. Esta é a minha turma e aqui que eu me sinto à vontade."

Dossiê: prisão põe deputado eleito na mira da CPI

A CPI dos Sanguessugas vai pedir à Polícia Federal que abra uma nova frente de investigação sobre a origem do dinheiro que seria usado na compra de um dossiê contra políticos tucanos. O pedido será feito pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos sub-relatores da comissão.

Segundo Gabeira, a prisão do deputado federal eleito Juvenil Alves (MG) e o suposto envolvimento dele com lavagem de dinheiro e transações de dólares são elementos suficientes para investigar uma ligação com os dólares que estavam com petistas no momento da prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha.

"Pela primeira vez vislumbrou-se de onde vieram os dólares, com a prisão do Juvenil Alves. Vou sugerir que o delegado de Cuiabá procure trocar informações com o delegado que analisa a Operação Castelhana que prendeu o Juvenil, para ver se pode nos ajudar", disse o sub-relator.

Gabeira ressalvou, no entanto, que não está acusando Juvenil de participação no caso. "Não estou acusando ninguém de nada, mas é uma coisa para ser investigada. Ele é um quadro do PT, equipado para levar e trazer dólares de forma profissional. E o próprio José Dirceu conversou com ele quando era candidato, já via o potencial dele".

Ontem o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais desencadeou uma devassa na prestação de contas de Juvenil, preso na quinta-feira durante a Operação Castelhana, da Polícia Federal, sob a acusação de comandar um esquema de blindagem fiscal e patrimonial de empresas. As fraudes teriam provocado um rombo de pelo menos R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

De acordo com o jornal Estado de Minas, atendendo a uma determinação do Ministério Público Federal, a PF encaminhou ao TRE 13 itens da documentação apreendida nos escritórios de Juvenil durante a operação, contendo informações sobre a contabilidade de algumas atividades do advogado. Durante a investigação, foram interceptados diálogos telefônicos relacionados à campanha eleitoral de Juvenil. O objetivo é descobrir se há evidências de uso de caixa dois.

O diretor da Secretaria de Controle Interno e Auditoria do TRE, Adriano Denardi, informou que técnicos analisarão toda a documentação. "Estamos buscando no conjunto da documentação evidências que possam sugerir a captação de recursos sem declaração ou o uso de recursos sem trânsito pela conta bancária (caixa 2)", disse Denardi. Mesmo na hipótese de que o TRE encontre elementos para desaprovar as contas de Juvenil, porém, ele deverá ser diplomado em 18 de dezembro.

Segundo Renato Moreira Campos, um dos advogados do deputado eleito, Juvenil não quer que nenhuma medida jurídica seja tomada para reduzir o tempo de sua prisão temporária. De acordo com Campos, o petista quer deixar claro que há todo o interesse em contribuir com as investigações.

Sub-relator defende afastamento de líder do PT da CPI

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI dos Sanguessugas, quer que a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), se afaste da comissão. Na avaliação do deputado, a situação da senadora ficou "delicada" após a confirmação de que ela se reuniu com Oswaldo Bargas e Expedito Veloso, acusados de negociarem o dossiê Vedoin.

O encontro ocorreu em 4 de setembro no gabinete do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e foi confirmado pelo próprio petista, em depoimento à Polícia Federal. "O ideal é que ela se afaste das investigações. Como uma pessoa pode investigar uma coisa da qual participou. Além disso, não informou isso aos demais membros da CPI", disse Gabeira.

Em resposta a uma pergunta de Ideli, em seu depoimento à comissão na última quarta-feira, Veloso disse que tentou adquirir o dossiê porque tinha informações de que a família Vedoin teria quitado dívidas da campanha de José Serra (PSDB), em 2002.

Em nenhum momento durante os depoimentos a reunião com os dois foi lembrada. De acordo com Mercadante, na reunião, Veloso e Bargas disseram que queriam orientá-lo sobre como tornar pública a suspeita de envolvimento dos tucanos com os sanguessugas. O petista disse que recusou a proposta.

A senadora admite que participou do encontro com os "petistas aloprados", como foram chamados pelo presidente Lula os envolvidos no escândalo. Mas alega que, assim como Mercadante, recusou fazer uso das informações que Veloso e Bargas afirmavam ter.

Os dois senadores negam que os petistas tenham dito, na ocasião, que negociavam a aquisição de um dossiê com Vedoin. "Em um processo de investigação como é o caso das CPIs, é rotineiro a gente receber esse tipo de contato", disse Ideli. Sobre a proposta de Gabeira, afirmou que "só pode ser brincadeira".

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