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Congresso em Foco
8/11/2006 | Atualizado às 13:17
Após a explicação do ex-ministro Humberto Costa, o sub-relator da CPI dos Sanguessugas deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) apresentou contradições entre as informações passadas pelo ex-ministro e o depoimento dos sócios da Planam, Luiz Antonio e Darci Vedoin, à Polícia Federal.
Chamou a atenção do deputado a afirmação do ex-ministro de que não haveria dificuldades para a liberação dos restos a pagar. De acordo com os Vedoin, haveria um total de R$ 8 milhões no restos a pagar e que o próprio Humberto Costa teria dito que seria difícil conseguir a liberação. Para facilitar o processo, o ex-ministro teria pedido aos Vedoin que procurassem seu assessor Antonio Alves.
"É pouco provável que Antonio Alves tenha feito essa ponte. A resposta que eu dava era padrão: se estiver no decreto, será pago, se não estiver, não será pago. Não poderia dar outra resposta até porque não tinha o processo em mãos. Tinha que dar uma resposta genérica", garantiu Humberto Costa.
Apesar de elogiar a idéia da delação premiada, o ex-ministro ressaltou que ela deveria ser acompanhada por provas para que as pessoas não fossem acusadas injustamente. Humberto Costa também aproveitou para defender seu chefe de gabinete, Antonio Alves, dizendo que ele é um funcionário de carreira e uma pessoa idônea.
O deputado Fernando Gabeira lembrou que, no depoimento, Darci Vedoin afirmou ter pago propina a duas pessoas que disseram ter influência no ministério. A força da dupla, acrescentou Gabeira, foi provada quando uma dívida com a prefeitura de São João do Meriti (RJ) foi paga. Antes disso, os sócios da Planam haviam procurado uma deputada do estado para verificar a situação do processo no ministério da Saúde e ela teria garantido que o dinheiro não seria liberado.
O ex-ministro disse que desconhecia qualquer tipo de manipulação que possibilitasse a liberação da verba e destacou que não existem audiências informais e que se houvesse um encontro com os Vedoin ou com qualquer outra pessoa, este estaria em sua agenda. "Se o senhor Darci Vedoin pagou alguma propina, ele foi ludibriado", afirmou.
Para Humberto Costa, o problema da compra superfaturada de ambulâncias está na falta de controle das emendas parlamentares. "Ou se acaba com emendas parlamentares ou o Congresso cria mecanismos para fiscalizar a destinação dessas emendas", disse o ex-ministro. Segundo ele, foram feitos 5 mil convênios e o ministério conseguiu acompanhar apenas 4 mil. (Soraia Costa)
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