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Congresso em Foco
1/11/2006 | Atualizado às 6:36
A CPI dos Sanguessugas adiou ontem os depoimentos do empresário Valdebran Padilha, do advogado Gedimar Passos e do ex-analista de mídia e risco da campanha à reeleição do presidente Lula Jorge Lorenzetti. Os três são acusados de envolvimento com compra de um dossiê que envolveria políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias.
O adiamento foi pedido pelo vice-presidente do colegiado, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que só pretende ouvir os três quando tiver conferido o material entregue na última quinta-feira (26) pela Polícia Federal.
Jungmann alegou ainda que a crise no sistema aéreo brasileiro impossibilitou a presença de alguns integrantes da CPI.
O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) não concordou com a decisão tomada de adiar os depoimentos e questionou o presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), sobre os 40 requerimentos e 29 convocações à espera de votação no colegiado desde o dia 5 de setembro.
"Existe uma ação deliberada de todos nós de fazermos um enterro da investigação do Executivo", afirmou. O parlamentar também afirmou que a investigação será "um fracasso total". No entanto, Redecker não acredita que a votação histórica do presidente Lula no último pleito absolva o governo petista de investigação.
Já Biscaia se defendeu dizendo que "não há nenhuma intenção deliberada de enterrar as investigações do Executivo e que a não aprovação dos requerimentos foi por falta de quorum, o que não é responsabilidade da presidência".
Neste momento, Biscaia e Lando estão reunidos para avaliar o cronograma de trabalho das próximas semanas. O relatório da comissão precisa ser votado até 18 de dezembro.
TSE marca depoimentos para investigação sobre dossiê
O corregedor-geral eleitoral, ministro Cesar Asfor Rocha, agendou para 10 de novembro o depoimento de 13 testemunhas na investigação judicial aberta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apurar se houve crime eleitoral no escândalo do dossiê.
Entre as testemunhas estão o procurador da República Mário Lúcio Avelar, o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, o superintendente da PF em Mato Grosso, Geraldo Pereira, o deputado federal Sigmaringa Seixas (PT-DF), o delegado Edimilson Bruno e alguns jornalistas. Todos serão ouvidos na corregedoria, a partir das 9h.
O corregedor já teve acesso a uma cópia integral do inquérito do dossiê à PF e recebeu a defesa dos investigados - entre eles o presidente Lula e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. A audiência com as testemunhas é a terceira fase do processo. Na quarta etapa, Asfor Rocha vai ouvir os investigados.
Depois dos depoimentos, o corregedor vai decidir se vai ser necessário ouvir outras pessoas e, também, remeter cópia da investigação ao procurador-geral-eleitoral, Antonio Fernando de Souza.
No último dia 19, a pedido do PSDB e do PFL, o TSE abriu o processo investigatório sobre o caso do dossiê contra os tucanos. Além de Bastos e do presidente, também serão investigados o presidente licenciado do PT Ricardo Berzoini e os ex-assessores da campanha de Lula à reeleição Valdebran Padilha e Gedimar Pereira Passos e o ex-assessor da presidência Freud Godoy.
O presidente do tribunal, ministro Marco Aurélio Mello, afirmou no último domingo que a reeleição de Lula não interfere nas investigações e que o petista poderá ter o mandato cassado se as investigações apontarem o envolvimento dele na fraude.
TRF concede habeas-corpus a Vedoin
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região concedeu ontem habeas-corpus ao empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos sócios da empresa Planam, acusado de chefiar a máfia dos sanguessugas no Congresso Nacional. O TRF alegou excesso de prazo para soltar o empresário.
Vedoin está preso em Cuiabá (MT) desde setembro por envolvimento na tentativa de negociação, com membros da campanha do presidente Lula, de um dossiê que envolveria políticos tucanos com a máfia das ambulâncias.
Empresários negam contato da Vicatur com petistas
Os empresários Fernando Manoel Ribas Soares e Sirley da Silva Chaves, sócios da empresa Vicatur Câmbio, asseguraram ao delegado da Polícia Federal Diógenes Curado que não conhecem ninguém do PT e que nunca negociaram dólares com representantes da legenda.
A empresa é apontada pela Polícia Federal do Mato Grosso como a responsável por ter repassado US$ 109,9 mil dos US$ 248,8 mil que seriam usados na compra de um dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB). Parte do dinheiro saiu de Nova Iguaçu (RJ).
No interrogatório, o delegado Diógenes Curado perguntou aos sócios da Vicatur se conheciam o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Faria (PT). Ribas Soares e Sirley Chaves negaram que conheçam o prefeito pessoalmente.
O delegado ainda tentou descobrir se existem vínculos entre a agência e os petistas. Os sócios negaram. Ribas Soares chegou a comentar que não vota em candidatos do PT e acrescentou que a agência jamais prestou serviços para a Prefeitura de Nova Iguaçu.
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