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Veja acusa Lulinha de fazer lobby em Brasília

Congresso em Foco

21/10/2006 | Atualizado às 7:10

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Em sua última edição antes do segundo turno das eleições, a revista Veja mira nos negócios de Fábio Luís Lula da Silva, 31 anos, conhecido como Lulinha, na série de denúncias contra o governo Lula. Uma semana depois de acusar o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, de "limpar" as investigações em torno do dossiê antitucano para preservar a campanha do candidato à reeleição, Veja desta vez acusa o filho do presidente de agir como lobista em Brasília. Em um dos casos relatados, ele teria sondado altos funcionários do governo sobre mudança na legislação de telecomunicações. No início do ano passado, a Telemar comprou parte das ações da Gamecorp, da qual o filho do presidente é sócio, por R$ 5,2 milhões.  

Segundo a revista, Lulinha e Kalil Bittar, seu sócio na Gamecorp, teriam se encontrado com o secretário de Direito Econômico Daniel Goldberg, Em um dos encontros, ocorrido no início de 2005, diz Veja, eles questionaram Goldberg sobre a posição da secretaria, órgão do Ministério da Justiça destinado a regular a questão da concorrência no país, caso a Telemar comprasse a concorrente Brasil Telecom, um negócio proibido pela legislação atual.

O secretário teria dito que a fusão só seria possível através de uma mudança na lei. De acordo com Veja, os esforços para a mudança na lei foram encerrados por Lulinha devido à publicação na imprensa da notícia da compra pela Telemar de parte das ações da Gamecorp. O caso virou alvo da CPI dos Bingos.  

O assessor de Lulinha e Kalil, o jornalista Cláudio Sá, disse à revista que, se houve encontros, foram contatos meramente sociais. Goldberg afirmou que conversou com os dois para sugerir a contratação de uma consultoria tributária e um escritório de advocacia.

A reportagem de Alexandre Oltramari também diz que Lulinha e Kalil despacharam em uma sala do escritório do lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS, entre o fim de 2003 e julho de 2005. O assessor da dupla disse que Kalil esteve no escritório, mas afirmou que Lulinha nunca foi lá. APS confirma que o filho do presidente despachava no escritório. O lobista, segundo Veja, responde a três inquéritos da Polícia Federal, por suspeitas de corrupção, contrabando e tráfico de influência. "Eu emprestei a sala, mas não tenho a menor idéia do que eles faziam lá", teria respondido Alexandre à reportagem sobre suas relações com Lulinha.

Segundo a revista, o escritório teria sido cedido a Kalil e ao filho do presidente como parte de um acordo de APS com a francesa Arlette Siaretta, dona do grupo Casablanca, um conglomerado de 54 empresas que, entre outras atividades, faz produção de filmes e eventos, gravação de comerciais e distribuição de DVDs.

"Em 2002, Arlette Siaretta e APS se tornaram sócios num projeto de transmissão de imagens digital via satélite. Desde então, a mansão do lobista passou a funcionar como filial informal da empresa Casablanca em Brasília. 'Ela me pediu a sala e eu cedi', diz APS." Segundo a revista, o lobista também teria colocado um carro à disposição dos sócios da Gamecorp em Brasília.

Diz um trecho da reportagem: "Mas por que a Casablanca teria interesse em instalar Lulinha e Kalil em sua filial informal em Brasília? Apesar de ser dona de metade do mercado de finalização de comerciais no país, Arlette Siaretta tinha um problemão no início do governo de Lula. Ligada ao PSDB e produtora das últimas três campanhas presidenciais tucanas, a empresária encontrou no PT uma muralha que lhe barrava negócios com o governo federal e as estatais, até então uma de suas grandes fontes de receita. Arlette Siaretta precisava de alguém para lhe abrir as portas do governo".

No fim de 2003, segundo Veja, o sócio de Lulinha apareceu em seu escritório, em São Paulo, prometendo abrir portas para a empresária no governo que se iniciava em troca de uma comissão. "Siaretta continuou tendo no governo petista a mesma participação que tinha no mercado nos oito anos dos tucanos, algo em torno de 50% de todos os contratos de filmes feitos para as empresas de publicidade que prestam serviço ao governo", diz a revista.

Lulinha, ressalta a reportagem, não participou do encontro. "Não se sabe por que Arlette Siaretta confiou em Kalil. Procurada por Veja em cinco oportunidades, a empresária não quis dar entrevista. Sabe-se, porém, que uma das melhores credenciais de Kalil para dizer-se influente foi sua proximidade com Lulinha - que, registre-se, não esteve presente na negociação com Siaretta."

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