Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
19/10/2006 | Atualizado às 17:40
A campanha do presidente Lula intensifica os ataques às privatizações ocorridas durante o governo FHC e afirma, por meio de nota, que "a privatização da Vale foi péssima para o país".
"As privatizações realizadas no governo de FHC (1995 a 2002) foram feitas sem critérios, apenas dentro de um conceito de desmobilização de ativos públicos, provocando uma desestruturação de parte da infra-estrutura brasileira" ressalta a nota.
Leia a íntegra da nota da campanha de Lula
Por que não valeu privatizar a Vale
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista a CBN, na terça-feira 17 de outubro, disse que a Vale do Rio Doce não teria conseguido os resultados patrimoniais que obteve caso a empresa não tivesse sido privatizada.
A afirmação é falsa, sem justificação alguma. A Petrobras, que continua sendo empresa estatal, teve um desempenho semelhante à Vale do Rio Doce desde o início do processo de privatização, em 1997.
O valor de mercado da Vale do Rio Doce em 1996 era de US$ 9,168 bilhões, e da Petrobras, U$ 14,835 bilhões. A preços de hoje, o valor da Vale do Rio Doce é de US$ 55,721 bilhões, e da Petrobras US$ 89,909 bilhões. Ou seja: a primeira teve seu patrimônio elevado de 1996 a 18 de outubro de 2006 em 12,48 vezes; a segunda, em 12,43 vezes. Caso a Vale ainda fosse estatal, estaria incorporado ao patrimônio da União cerca de US$ 41,1 bilhões, sem falar na parte dos seus lucros que seria distribuída ao Tesouro Nacional.
Mesmo sem considerar as questões estratégicas do desenvolvimento nacional, a privatização da Vale foi péssima para o país. As privatizações realizadas no governo de FHC(1995 a 2002) foram feitas sem critérios, apenas dentro de um conceito de desmobilização de ativos públicos, provocando uma desestruturação de parte da infra-estrutura brasileira.
Empresas foram vendidas de forma apressada para cobrir rombos no balanço de pagamentos. Entre 1991 e 2002, a União arrecadou apenas US$ 58,5 bilhões com a venda de 68 empresas, pouco mais do valor que teria recebido se tivesse mantido o controle da Vale do Rio Doce. Os proventos das privatizações foram utilizados no abatimento da dívida interna, uma vez que a equipe econômica de FHC esperava com isso reduzir as taxas de juros, a inflação, e gerar um clima favorável à retomada do crescimento da economia, com a atração do capital externo.
Nada disso ocorreu. Ao contrário, a dívida interna brasileira, que era de R$153,2 bilhões em dezembro de 1994 (equivalente a 30% do Produto Interno Bruto - PIB), saltou para R$ 881,1 bilhões em dezembro de 2002 (equivalente a 55,5% do PIB). Neste período o governo de FHC promoveu uma mudança desastrada no câmbio, expondo o país aos especuladores. O Banco Central queimou US$ 40 bilhões de reservas do Pais procurando, sem êxito, sustentar a cotação da moeda diante de ataques especulativos. As taxas de juros foram elevadas a um patamar de 44% em março de 1999, após o colapso cambial, provocando uma explosão na dívida interna e transformando em pó todo o patrimônio público vendido.
O governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vendeu nenhuma empresa estatal. Ao contrário, estabeleceu para as empresas novos parâmetros de gestão e eficiência, dentro de uma visão estratégica de desenvolvimento econômica do país. Com um papel de sustentar e sinalizar novos investimentos, especialmente em infra-estrutura e insumos básicos, as estatais federais já programaram investir R$ 228,9 bilhões entre 2006 a 2010, como prevê Orçamento Plurianual enviado ao Congresso Nacional.
Assessoria de imprensa
Coligação A Força do Povo
Temas
SUCESSÃO DE FRANCISCO
Conclave começa: conheça os 133 cardeais que podem virar papa
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Veja como cada deputado votou no projeto que aumenta vagas na Câmara
PLENÁRIO DA CÂMARA
Veja quais deputados votaram para suspender ação contra Ramagem
SUCESSOR DE FRANCISCO