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O dia seguinte ao debate

Congresso em Foco

9/10/2006 | Atualizado 26/10/2006 às 11:59

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O debate entre o presidente Lula e o tucano Geraldo Alckmin foi o grande assunto político de ontem (segunda, 9). Dezenas de deputados e senadores subiram à tribuna dar sua visão sobre o tema, geralmente com abordagens francamente favoráveis a um dos candidatos. Pelo país afora, várias lideranças políticas também falaram a respeito da questão, que também repercutiu na imprensa estrangeira.

Veja o que de mais importante foi dito sobre o assunto.

Lula: Alckmin agiu como "delegado de porta de cadeia"

Afirmou que Alckmin agiu no debate como "delegado de porta de cadeia" e não como um político que pleiteia a Presidência da República. Segundo Lula, que recebeu ontem a adesão à sua candidatura de vários cantores evangélicos, o povo brasileiro "não quer ouvir xingamento".

"Eu achei que o debate teria nível político assimilável. Ontem pensei que não estava na frente de um candidato, mas de um delegado de porta de cadeia. O debate político poderia ter fluído pelas soluções do governo brasileiro. O povo não quer ouvir xingamento, quer saber o que o candidato pode fazer para melhorar a vida dele", disse o presidente.

Alckmin diz que "externou a indignação dos brasileiros"

Declarou que serviu de porta-voz dos brasileiros durante o debate. Alckmin afirmou "ter percebido nas ruas" o sentimento existente em relação ao governo e que "externou a indignação dos brasileiros" com o presidente Lula. "Estava parado na garganta de todo mundo. Fui instrumento do povo", declarou.

O presidenciável tucano, ao sair hoje do seu comitê de campanha em São Paulo, classificou como "mentirada do Lula" as insinuações de que privatizaria empresas como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobras.

Alckmin disse que Lula passou duas horas fugindo de uma explicação sobre a origem do dinheiro utilizado na negociação do dossiê contra políticos do PSDB. "Não precisa torturar ninguém. Ele pode chamar seus amigos [e perguntar]", declarou. O tucano se reuniu com os presidentes do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC) e do PPS, deputado Roberto Freire (PE), para discutir estratégias para o segundo turno.

Bornhausen: "Lula se omitiu, mentiu e perdeu"

O senador Jorge Bornhausen disse que Alckmin saiu vitorioso do debate. "O candidato Geraldo Alckmin cobrou a ética na política e cobrou o dinheiro, cuja explicação o presidente Lula, candidato à reeleição, deve a toda a sociedade. Na verdade, o Lula se omitiu, mentiu e perdeu", declarou o presidente nacional do PFL.

Jacques Wagner: "Agressividade de Alckmin não é dele"

O governador eleito da Bahia, Jacques Wagner (PT), em entrevista coletiva realizada em Brasília, afirmou que Alckmin apresentou no debate da Rede Bandeirantes uma "agressividade" que não é dele. "É encomendada e não natural", ressaltou.

De acordo com o petista, depois do encontro, Lula confidenciou que já tinha entendido o tom que o adversário daria à campanha. "Já entendi. A única coisa que eles querem é isso. Vou ter que me preparar", disse Lula, segundo Wagner, referindo-se a postura dura que Alckmin assumiu durante o debate.

"Mais do que surpreso, o presidente pode ter ficado decepcionado porque, mesmo sendo adversário, a gente tem a expectativa de que vai se debater programa. Nós esperávamos que  pudesse vir com temas mais de políticas administrativas", declarou o governador e ex-ministro de Lula.

Segundo o petista, apesar do clima pesado do programa, Lula acredita que foi muito bem e agora está disposto a participar dos outros debates. Por fim, Wagner insistiu na tese de que a escolha que os brasileiros vão fazer no dia 29 de outubro não será entre dois homens, e sim, entre dois projetos políticos. Um que investe no social e outro que vê o mercado como a solução de todos os problemas do país.

Alencar: "Alckmin estava desesperado"

O vice-presidente da República, José Alencar (PRB), afirmou que Geraldo Alckmin teve uma postura desesperada durante o debate.

"[Lula] foi provocado e houve até desrespeito. A pergunta insistente sobre o dossiê é uma demonstração de comportamento desesperado da oposição", declarou o candidato à reeleição na chapa de Lula.

"Não estou absolutamente preocupado porque acho que o quadro é esse mesmo. Acho que é natural que haja todas essas apelações", completou. Sobre o dossiê, Alencar disse: "Todo mundo sabe e ele [Alckmin] também que o presidente não tem nada a ver com isso. A pergunta tinha que ter sido feita, mas foi respondida e não tinha que continuar perguntando", ressaltou Alencar.

A repercussão na imprensa estrangeira

O candidato Geraldo Alckmin deixou o presidente Lula "na defensiva", disse o jornal inglês Financial Times, em sua edição on line. De acordo com o veículo, Alckmin surpreendeu o petista logo no início do encontro ao questioná-lo sobre as acusações de corrupção que pesam contra o PT.

Entretanto, o jornal ressalta que o tucano teve uma performance que não se alinha com a imagem de "tecnocrata incolor" que o candidato assumiu até o momento. O veículo observou que os dois presidenciáveis reivindicaram a vitória sobre o debate, "mas é improvável que o debate tenha alterado o apoio dos eleitores de uma maneira significativa".

O jornal argentino Clarín destacou que foi um debate muito duro que não poupou envolvidos em escândalos de corrupção tanto do lado de Lula como de Alckmin. O jornal destacou que o tucano  começou o debate perguntando ao presidente Lula sobre a origem do R$ 1,7 milhão apreendido pela Polícia Federal com membros do PT que seriam usados na suposta compra de um dossiê contra candidatos tucanos.

Outro jornal argentino, o La Nacion, afirmou que o debate foi tenso e carregado de acusações mútuas. O jornal destacou as acusações de Lula de que, em um eventual novo governo do PSDB, haverá mais privatizações.

Para o espanhol El País, Lula e Alckmin lavaram a roupa suja da política brasileira dos últimos anos no debate, que foi marcado por acusações mútuas. O periódico espanhol afirmou que Lula foi encurralado pelo tucano em relação aos escândalos de corrupção ocorridos no governo petista. O também espanhol El Mundo destacou a troca de acusações entre os presidenciáveis sobre a exploração dos escândalos de corrupção, principalmente da crise do dossiê.

O jornal francês Le Monde declarou que o tom da campanha eleitoral para o segundo turno foi definido pelo debate e será bastante agressivo. De acordo com o periódico francês, o debate foi dominado pelos ataques aos escândalos de corrupção ocorridos durante o governo de Lula e pelo tom agressivo de Alckmin, que surpreendeu o presidente Lula.

Matéria publicada em 10.10.06. Última atualização em 26.10.06.

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