Israel afirma que há brasileiro entre sequestrados pelo Hamas

O Ministério da Defesa de Israel afirmou nesta quarta-feira (11) que há brasileiro entre as pessoas sequestradas pelo Hamas em Gaza. O comunicado foi feito pelo porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus. Até o momento, dois brasileiros já morreram devido aos ataques do grupo extremista. No comunicado, o Ministério da Defesa de Israel afirmou que também há reféns da Argentina, dos Estados Unidos, da França, da Alemanha, da Itália e da Ucrânia, entre outras nacionalidades. O Itamaraty ainda não se manifestou sobre o assunto. "Este desafio então não é apenas de Israel, mas de muitos outros governos democráticos no mundo", disse Conricus. O porta-voz não informou a quantidade de reféns em poder do Hamas. A imprensa israelense fala em centenas. Em audiência semanal, o Papa Francisco pediu nesta quarta-feira ao Hamas que liberte os reféns. O pontífice disse que acompanha o noticiário da guerra no Oriente Médio com "dor e apreensão" e manifestou preocupação com a situação de civis palestinos e israelenses. "Quem é atacado tem o direito de se defender. Mas estou muito preocupado com o cerco total sob o qual vivem os palestinos em Gaza, onde também há muitas vítimas inocentes." Nesta manhã, o primeiro voo da Força Aérea Brasileira (FAB) destinada a resgatar brasileiros que estavam em Israel pousou em solo brasileiro. Mais de 200 pessoas foram repatriadas nessa primeira missão. Até o momento, cerca de 2.700 brasileiros que estão em Israel manifestaram o desejo de retornar ao Brasil, a maior parte turistas.

Nessa terça-feira, a família da brasileira Bruna Valeanu, 24 anos, confirmou que a jovem morreu em Israel. Bruna estava desaparecida desde sábado (8) e é uma das vítimas dos ataques do grupo Hamas.

É o segundo registro da morte de um brasileiro em Israel por conta dos ataques. Ontem pela manhã, o Ministério das Relações Exteriores confirmou que Ranini Glazer, 24 anos, também havia perdido a vida no conflito entre Israel e o Hamas. Nascida no Rio de Janeiro, Bruna era estudante de comunicação e marketing e morava em Israel há oito anos. Na hora dos ataques, a jovem estava na rave Universo Paralello. De acordo com a mídia local, foram encontrados 260 mortos no local da festa.