Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Comissão de Direitos Humanos deve barrar projeto que proíbe casamento ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

LGBTQIA+

Comissão de Direitos Humanos deve barrar projeto que proíbe casamento homoafetivo

"Queremos reverter o sentido desse parecer. Esse é o nosso objetivo, não há outro caminho", diz Pastor Henrique Vieira, vice-líder do governo

Congresso em Foco

11/10/2023 | Atualizado às 8:32

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

PT, Psol e PDT somam o maior número de candidaturas ligadas à defesa da comunidade Lgbt+ segundo parcial do programa Vote Com Orgulho. Foto: José Cruz/Agência Brasil

PT, Psol e PDT somam o maior número de candidaturas ligadas à defesa da comunidade Lgbt+ segundo parcial do programa Vote Com Orgulho. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Aprovado ontem (10) na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, o projeto de lei relatado pelo deputado Pastor Eurico (PL-PE) que impede o reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo ainda mobiliza parlamentares progressistas e movimentos de defesa da população LGBTQIA+. Deputados governistas apostam suas fichas na Comissão de Direitos Humanos para impedir o avanço da proposta. "Queremos reverter o sentido desse parecer. Esse é o nosso objetivo, não há outro caminho", explicou o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), vice-líder do governo na Câmara e membro das duas comissões. A esperança do bloco é que a aprovação de um projeto de lei que formalize casamentos homoafetivos, como previa a versão original da proposta, em vez de proibi-los, permitiria enterrar de vez essa discussão. "Desta vez, nós temos uma maioria, mesmo que na ponta do lápis", ressaltou o deputado, ao comparar as composições dos dois colegiados. Veja como cada deputado votou O projeto original foi apresentado em 2007 pelo então deputado Clodovil Hernandes (SP). O estilista foi o primeiro gay assumido a se eleger para a Câmara. Embora não fosse um militante da causa, Clodovil propôs o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A proposta, no entanto, foi alterada radicalmente pelo relator, que inverteu o seu objetivo, ao proibir expressamente a união civil homoafetiva. A Mesa Diretora da Comissão de Direitos Humanos é formada inteiramente por parlamentares progressistas, incluindo Erika Hilton (Psol-SP) e Daiana Santos (PCdoB-RS), que são LGBTQIA+. Essa formação permite outro caminho mais fácil, que é o de engavetar o projeto, postergando sua votação. Essa possibilidade, porém, preocupa parlamentares pró-casamento homoafetivo, que temem que algum deputado conservador assuma o comando da comissão nos próximos anos. Na Câmara, a presidência das comissões é trocada a cada início de ano. Erika Hilton, que ocupa a segunda vice-presidência da CDH afirma que a possibilidade de engavetamento do projeto não está descartada, mas defende a estratégia de inversão da lógica do relatório. "Se virmos que o projeto pode ser enterrado no voto, às vezes é bom. Isso passa um recado para a sociedade, mostra que a democracia se mantém de pé, e que a Câmara não é esse curral do fascismo e do ódio antidemocrático", declarou. A deputada também planeja se reunir com os líderes dos partidos que compõem a comissão para conseguir definir uma estratégia conjunta, e cogita conversar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). "Estive em lideranças que estiveram com Lira, e afirmaram que o presidente assegurou que essa proposição não tem condições de passar. Mas eu mesma não ouvi da boca do presidente. Por isso, marcarei uma reunião para ele nos garantir qual é a posição da Mesa Diretora e qual é a posição de seu partido", conta Erika. Em um cenário mais extremo, em eventual aprovação do projeto, Pastor Henrique Vieira considera a possibilidade de judicialização. "Existe um vício completo de constitucionalidade, porque diz respeito a algo que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) julgou como exercício de princípios constitucionais: igualdade jurídica, pluralismo como valor sociopolítico e cultural, promoção da dignidade humana, direito à privacidade e a própria ideia de democracia e laicidade", relembrou. Inconstitucionalidade A proposta aprovada pelos deputados é considerada inconstitucional e discriminatória por um parecer da Comissão Nacional da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB Nacional. O documento é subscrito pela Comissão Nacional de Direitos Humanos e por 25 comissões estaduais da diversidade. O texto ainda será submetido ao pleno do conselho federal. "Não é razoável a proibição que referido projeto quer instituir, por ser segregacionista pretender que toda a parcela de uma população seja proibida de exercer o direito ao casamento civil em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero. E nem se diga que não haveria discriminação porque pessoas LGB+ poderiam se casar com pessoa do outro sexo ou gênero como incrivelmente se alega por vezes, porque o que se discute é a discriminação que existe a pessoa que deseja se casar civilmente com pessoa do mesmo sexo e é impedida de fazê-lo", diz trecho do texto. Casamentos civis homoafetivos são regulamentados no Brasil há dez anos. O relator do projeto, deputado Pastor Eurico (PL-PE), alega que a Constituição reconhece como entidade familiar a união estável entre um homem e uma mulher. A justificativa é refutada pelas comissões da OAB com base em decisões dos tribunais superiores sobre o assunto. "Ocorre que esse argumento já foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal, quando julgou procedentes a ADPF 132 e a ADI 4277, quando reconheceu que a união duradoura, pública e contínua entre pessoas do mesmo sexo constitui família conjugal e união estável constitucionalmente protegida, em 'reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e consequências da união estável heteroafetiva' segundo a parte dispositiva da decisão. Que tem 'força de lei', ante o efeito vinculante e a eficácia erga omnes que a Constituição impõe às decisões de ações de controle abstrato e concentrado de constitucionalidade", diz a Ordem.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

câmara dos deputados bancada evangélica Comissão de Direitos Humanos Pastor Eurico LGBTQIA+ Pastor Henrique Vieira Erika Hilton

Temas

Direitos Humanos Congresso Notícia

LEIA MAIS

ELEIÇÕES

Ciro Nogueira diz que não há eleição limpa sem as redes sociais

CONGRESSO

Governo erra ao buscar embate com o Congresso, diz Ciro Nogueira

CRISE ENTRE PODERES

Coordenador do Prerrogativas: Congresso tenta impor parlamentarismo

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SABONETES E PERFUMES

Lula sanciona lei que dispensa registro de cosméticos artesanais

2

Prêmio Congresso em Foco

Veja quem lidera a primeira parcial do Prêmio Congresso em Foco 2025

3

PREVIDÊNCIA

Lula sanciona lei que dispensa perícia para doentes sem cura

4

SEGURANÇA PÚBLICA

PF publica requisitos para porte de armas por guardas municipais

5

Governo

Lula assina decreto para reduzir agrotóxicos na agricultura

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES