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Congresso em Foco
2/6/2007 | Atualizado às 21:00
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reconheceu hoje (2), em Londres, que as relações diplomáticas do Brasil com a Venezuela foram prejudicadas pelas críticas de Hugo Chávez ao Congresso brasileiro. Após receber uma carta do Senado repudiando o fechamento da RCTV, o presidente venezuelano disse que os parlamentares brasileiros são papagaios do Congresso norte-americano.
"Minha expectativa é de que todos os arroubos retóricos possam refluir e que as relações possam voltar à normalidade que têm. Isso exige capacidade de contenção de todos. A retórica pode ter saído. Mas isso é uma coisa que às vezes dura um dia, dois dias. É uma nuvem que passa. Veremos", disse o ministro.
Para Celso Amorim, as críticas feitas por Chávez ao Congresso são descabidas. "A independência, a dignidade, os princípios democráticos e nacionais do Congresso brasileiro não podem estar e não estão nunca em jogo. Certamente, não é apreciável que uma autoridade estrangeira, seja ela qual for, se manifeste sobre nosso Congresso". (Carol Ferrare)
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Em carta, Mangabeira Unger nega processo contra BrT
O professor Mangabeira Unger, convidado para ocupar a Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo, enviou uma carta ao presidente Lula negando ter entrado com uma ação na Justiça norte-americana contra a Brasil Telecom. O processo, um pedido de indenização por serviços prestados, é visto como um empecilho para que ele assuma a pasta, que terá status de ministério.
Ao divulgar o documento, o presidente em exercício, José Alencar, disse não ter notícias de que Mangabeira tenha desistido de assumir a secretaria. "Não posso dizer. Ele não me ligou. Hoje não falei com ele. Não tenho nenhuma notícia a respeito de qualquer decisão que tenha sido tomada por ele". A nomeação de Mangabeira, crítico mordaz do primeiro mandato de Lula, é vista como um esforço do presidente para agradar José Alencar.
De acordo com a Agência Estado, Alencar também fez elogios a Mangabeira Unger. "É uma pessoa bem nascida. Tem 40 anos de Harvard, uma das universidades mais bem notadas do planeta, além de ser vice-presidente do PRB, que é o meu partido. Muitos brasileiros pediram que ele assumisse o cargo". (Carol Ferrare)
Leia abaixo a íntegra da carta enviada por Mangabeira a Lula:
Quero reafirmar meu enorme desejo de participar de seu governo em cumprimento da tarefa entusiasmante para a qual o senhor me convidou. Minha posse na Secretaria de Ações de Longo Prazo está marcada, segundo informações transmitidas por seu gabinete para 13 de junho próximo.
Em relação a dúvidas suscitadas nos jornais esclareço o seguinte:
Minha demora em regressar a Brasília para tomar posse resultou de um imperativo de cumprir obrigações para a Universidade Harvard, inclusive completando avaliação de provas do curso que ministrei neste semestre. Essas obrigações estão agora cumpridas. A universidade Harvard, onde ensino há quase 40 anos, já me dispensou, a meu pedido. Estou pronto para apresentar-me a qualquer momento.
Para assumir esta tarefa tratei de desfazer todos os meus compromissos profissionais privados, entre eles um compromisso para com a Brasil Telecom. No curso dos procedimentos para minha saída e substituição nesta responsabilidade para com a Brasil Telecom, meu advogado protocolou um pedido de pagamento de honorários atrasados.
Pedido de praxe, o qual eu já me dispus a abrir mão para não criar qualquer constrangimento. A isso que o jornal chama mover um processo. A disputa, na realidade, deixou de existir. Todos os obstáculos para desfazimento (sic) de meus vínculos profissionais já foram superados ou estão em vias de superação imediata.
Meu espírito, presidente, está voltado para a obra que o senhor me propôs: ajudar a engajar a Nação na formulação de um projeto a respeito de seu próprio futuro, obra que não considero exagerada chamar sagrada. Tenha a certeza que o senhor vai ter propósito tão importante para o Brasil. Receba os protestos da mais elevada estima e consideração.
Clodovil: "Tripulantes da Gol foram preconceituosos"
O deputado federal Clodovil Hernandes (PTC-SP) divulgou há pouco um comunicado à imprensa em que descreve como "erro grosseiro, falta de cortesia e preconceito por parte da tripulação" o incidente protagonizado por ele em um avião da Gol na última quinta-feira.
Por falha da companhia, Clodovil e uma outra passageira tinham passagens marcadas para o mesmo assento. Alegando ser idoso e estar doente – ele tem 70 anos e foi internado recentemente por conta de uma crise de estresse – o deputado recusou-se a trocar de lugar.
Os demais passageiros da aeronave começaram, então, a vaiá-lo e Clodovil deixou o avião. O deputado passou cerca de três horas prestando depoimento à Polícia Federal sobre o ocorrido e acabou viajando em um avião da Tam. Na nota, ele afirma que apresentou uma reclamação formal à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre o episódio.
Em quatro meses de mandato, Clodovil já se envolveu em diversas polêmicas. A última foi um bate-boca com a deputada Cida Diogo (PT-RJ). Ao rebater declarações de Clodovil consideradas machistas e preconceituosas, a deputada foi chamada por ele de "feia" e, aos prantos, causou comoção no plenário da Câmara. O episódio rendeu ao parlamentar uma representação no Conselho de Ética por quebra de decoro. (Carol Ferrare e Rodolfo Torres)
Leia abaixo a íntegra do comunicado:
Comunicado a Imprensa
No que tange o acontecido no aeroporto em Brasília, no interior do avião da Cia Aérea GOL, vôo G31847 com destino a Curitiba/Guarulhos /SP, 31, p.p., às 15h30 de quinta-feira, amplamente divulgado pela mídia nacional, cumpro o dever de comunicar a todos e especialmente aos quase 500 mil eleitores do Estado de São Paulo que me honraram com seus votos, que fui vítima de erro grosseiro, falta de cortesia e preconceito por parte da tripulação da GOL.
Ao embarcar, a GOL reservou o assento, (1A), em razão do estado de saúde delicado, preferência por idade, (70 anos), deste usuário, cidadão e deputado federal.
O direito de ocupar o assento "1A" que lhe foi reservado no cartão de embarque é indisputável e legítimo.
Em razão de "erro de sistema", "troca de aeronave", "queda de sistema", ou outra desculpa qualquer, esse direito não me foi respeitado pela empresa GOL.
O Usuário, cidadão e Deputado Federal Clodovil Hernandes, levou ao conhecimento da Policia Federal da violência contra sua honra pessoal e aos seus direitos civis, sendo lavrado o regular Termo Policial.
Também usuário, cidadão e Deputado Federal fez o registro de reclamação diante da ANAC (agência Nacional de Aviação Civil), responsável pela regularização e fiscalização da aviação civil e que tem atuado institucionalmente com reconhecida competência.
Os fatos, as comissões serão submetidos ao Poder Judiciário que haverá de apurar responsabilidade e inclui dualizar autorias, à luz do código do consumidor e da legislação civil .
Agradeço as manifestações de apoio decisivo que tenho recebido de todas as regiões do País, inclusive de pilotos de linhas aéreas e instrutores de vôo.
Deputado Federal Clodovil Hernandes
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