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Congresso em Foco
19/5/2007 | Atualizado 20/5/2007 às 7:32
O nome do senador Delcídio Amaral (PT-MS) é um dos presentes nos documentos apreendidos pela Polícia Federal no escritório da Gautama, em Salvador, na última quinta-feira. A empresa é investigada pela Operação Navalha. O seu dono, Zuleido Veras, é apontado pela polícia como um dos chefes do esquema que fradava licitações e desviava dinheiro de obras públicas.
Segundo o Jornal Nacional, nos documentos há o nome do senador petista com a inscrição ao lado: “R$ 24 mil, aluguel de jatinho”. Ao telejornal da Globo, Delcídio Amaral disse estar “surpreso” com a história.
Ele explicou que precisou alugar um jatinho para ir ao interior de São Paulo, para o enterro do sogro. Pediu dinheiro a um amigo e ele teria pegado emprestado com Zuleido Veras, o dono da Gautama. De acordo com o Jornal Nacional, a empresa que alugou o jato ainda não recebeu pelo serviço.
Nos documentos que a Diretoria de Inteligência da Polícia Federal analisa há indícios do suposto envolvimento de políticos, incluindo governadores, com a máfia das obras públicas.
CGU: Governo pagou R$ 103 milhões à Gautama
Segundo levantamento feito pela Controladoria-Geral da União, baseado em informações do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o governo federal pagou R$ 103,1 milhões à Gautama. A empresa é investigada na Operação Navalha, desbaratada pela Polícia Federal na última quinta-feira (17). Quarenta e seis pessoas foram presas, incluindo um ex-governador, um ex-parlamentar, além de assessores, lobistas e empresários.
O pagamento ocorreu entre os anos de 2000 e 2006. Ano passado foi o período que a empreiteira mais recebeu do governo: R$ 18,7 milhões. No detalhamento ano a ano, assim fica o repasse: R$ 13,2 milhões em 2000; R$ 17,8 milhões em 2001; R$ 22 milhões em 2002; R$ 6,5 milhões em 2003; R$ 15,5 milhões em 2004, e R$ 9,4 milhões em 2005.
Um segundo levantamento, ainda preliminar, diz respeito a convênios firmados entre o governo federal com estados e municípios para obras sob responsabilidade da Gautama – governo teria pagado à construtora R$ 74,8 milhões. Com o governo de Alagoas, para empreendimento do Sistema Pratagy, o valor do contrato foi de R$ 77,8 milhões, mas foram liberados R$ 30 milhões.
Para o Estado de Sergipe, para a construção de uma adutora do rio São Francisco, o convênio firmado é de R$ 68,4 milhões, dos quais R$ 42,9 milhões foram liberados. Já para a prefeitura de Camaçari, na Bahia, o contrato com o Ministério das Cidades é de R$ 11,5 milhões, dos quais R$ 1,95 milhão foi liberado.
Um terceiro levantamento da CGU, também parcial, mostra valores de contratos firmados diretamente entre a Gautama e órgãos federais, no período de 2000 a 2006 – total de R$ 157 milhões. Entre os anos de 2000 e 2002, o valor dos contratos é de R$ 142,8 milhões. De 2003 a 2006, o valor é de R$ 13,2 milhões. Os contratos estão registrados no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg), mas não significa que os valores foram pagos.
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