Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
12/1/2007 | Atualizado às 21:55
Reportagem publicada na edição do jornal Folha de S. Paulo de hoje (12) revela que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) quer ter o direito de fazer gravações telefônicas e escutas ambientais desde que autorizadas pela Justiça. Atualmente, a legislação só permite interceptações a pedido da polícia e do Ministério Público.
O repórter Rubens Valente informa que a Abin enviou no final do ano ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ligado à Presidência da República, uma proposta de emenda à Constituição que lhe permitiria monitorar telefones de seus próprios servidores, com objetivo de evitar vazamentos à imprensa.
Durante o II Seminário Internacional de Inteligência, ocorrido em novembro do ano passado, em Brasília, o diretor-geral da Abin, Márcio Paulo Buzanelli, defendeu a aprovação da medida."A Abin não está inserida na lei 9.296/96, que dispõe sobre a interceptação telefônica, escuta ambiental. Ora, não é possível ter a informação completa se esse mecanismo, se esse instrumento, não estiver disponível para a atividade de inteligência", disse.
Ontem, Buzanelli declarou, por meio da assessoria da Abin, que a agência busca instrumentos "para melhor cumprir suas competências legais" e que a utilização de "meios de interceptação de comunicações e de escuta ambiental" ocorreria "sempre sob autorização judicial e exclusivamente nos casos de terrorismo e espionagem".
Associações de delegados da Polícia Federal e de procuradores da República são contra a proposta. O presidente da Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Armando Coelho, disse que a idéia abre um espaço desnecessário para a “bisbilhotagem”.
“O poder de investigação é da polícia e, em casos específicos, do Ministério Público e das CPIs", argumentou Coelho. Já o vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Ubiratan Cazetta, afirmou que a Abin "não tem o papel de investigar crimes". "Essa proposta não teria utilidade para o que a Abin se destina a fazer."
Leia também:
Duda cobra R$ 700 mil da Petrobrás no STF
A Duda Mendonça e Associados Propaganda, empresa do ex-marqueteiro do presidente Lula, entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo liminar para garantir que a Petrobrás pague R$ 700 mil por serviços prestados.
Duda questiona a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou à Petrobras que não liberasse o pagamento à empresa por um serviço caracterizado como "mera intermediação desnecessária e antieconômica". A agência diz que cumpriu o contrato.
Temas
Câmara dos Deputados
Diante de exílio de Eduardo, projeto prevê exercício remoto do mandato
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Hugo Motta exonera servidores remotos para encerrar especulações
AGENDA DA SEMANA
Veja cinco assuntos na mira do Congresso na semana antes do recesso