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Congresso em Foco
27/11/2006 | Atualizado às 21:21
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está em busca de votos para manter-se na presidência do Senado e reuniu-se hoje (27) com o presidente do PDT, Carlos Lupi, para tentar o apoio da legenda. "Ele nos colocou a sua disposição de continuar sendo presidente do Senado e o interesse para o PDT apoiá-lo. Vamos conversar com nossos senadores", disse Lupi.
O presidente do partido adiantou, contudo, que vai conversar também com o senador José Agripino Maia (PFL-RN), outro postulante à presidência do Senado. "Vamos ouvir o senador Agripino que também deseja essa função. Democraticamente vamos decidir. O Renan colocou que quer parceria com o PDT e a importância do partido estar do lado dele. Mas eu não ouvi o outro lado, tenho que ouvir", disse.
Se depender do principal quadro pedetista, o senador Cristovam Buarque (DF), a legenda não apoiará Renan. O parlamentar sugere que o partido continue na ala oposicionista. Amanhã, Lupi vai se encontrar com o presidente Lula para falar sobre o posicionamento do PDT a partir de 2007.
"A minha posição pessoal é que a gente deveria caminhar por fora, ser a oposição propositiva pela esquerda no Brasil. Mas disse que se o PDT decidir fazer parte [da coalizão], eu continuo dentro do PDT. Se os outros dirigentes do PDT forem convencidos, eu ficarei junto com eles", afirmou Cristovam, que não vai ao encontro com Lula.
PMDB não deve abrir mão da presidência da Câmara
A disputa pela presidência da Câmara demandará muita negociação entre os partidos que deverão compor a base governista. O líder peemedebista na Casa, Wilson Santiago, disse que a legenda não desistirá do cargo. "Não há negociação aberta com o PT. O PMDB defenderá até o último instante o seu direito. O PMDB conquistou isso nas urnas", comentou Santiago.
O regimento interno da Câmara orienta o respeito à proporcionalidade das bancadas na eleição da mesa diretora. Com isso, o partido com maior número de deputados deveria ocupar a presidência. Nas últimas eleições, o PMDB conseguiu eleger a maior bancada, com 89 deputados. Seguido pelo PT, que emplacou 83 nomes. A regra, entretanto, nem sempre é respeitada e os partidos costumam negociar a liderança.
Tanto PMDB quanto PT disputam o cargo. A briga, entretanto, pode desgastar o relacionamento entre os dois partidos, que buscam a aliança para o próximo mandato. "O PT não vai decidir sozinho. A eleição será uma discussão entre os aliados para encontrar um nome comum. Não há necessidade de conflito nesse debate", disse o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, hoje.
Garcia: PT pode não disputar presidência da Câmara
O presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (27), após uma reunião com o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que a posição do partido de disputar a presidência da Câmara dos Deputados "não é irredutível" e que a legenda levará em conta a política de coalizão mais ampla que o presidente Lula pretende implementar no seu segundo mandato para decidir esta questão.
"Esse é um problema que o PT não resolve sozinho. A eleição para a presidência da Câmara deve corresponder a esta política de coalizão mais ampla que estamos nos propondo a fazer e que o presidente vai implementar. O que haverá são negociações para tentar encontrar uma solução comum que pode ser essa e poderá ser outra", disse o presidente do PT.
Garcia negou que Lula tenha externado a sua predileção pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), atual presidente da Câmara. "Ele não externou isso para mim. Acho que o preferido de Lula é o candidato que a base escolher. Agora, o partido que não tiver o seu nome escolhido não pode ser rotulado como derrotado", afirmou.
O presidente do PT também afirmou que o partido dispõe de nomes "de alta qualidade" para presidir a Câmara. "Os nomes que o PT dispõe são nomes de alta qualidade que poderiam honrar a Câmara. Mas não queremos fazer disso um momento de conflito do poder Executivo com Legislativo", declarou Garcia.
Em relação ao PMDB e ao PCdoB, que também disputam a Presidência da Câmara, Garcia afirmou que nenhum dos dois partidos disseram que queriam a vaga. "Nem o PMDB disse que quer nem o PCdoB. O que disseram é que têm nome de alta qualidade. Como se trata de um governo de coalizão, é normal que haja discussão em torno de um nome", complementou Garcia.
O PMDB se baseia no fato de que terá a maior bancada na próxima legislatura para reivindicar o direito de indicar o presidente da Casa. Por sua vez, o PCdoB se apóia na tese de que Lula teria preferência por Aldo Rebelo.
Bancada petista quer presidência da Câmara, diz jornal
Mesmo contrariando o presidente Lula, o PT deve lançar candidato à presidência da Câmara dos Deputados até a metade do mês que vem. Segundo os jornalistas Fábio Zabnini e Catia Seabra, da Folha de S. Paulo, o candidato favorito dos petistas é o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP).
O ex-líder da bancada Walter Pinheiro (BA), deputado mais votado do partido na eleição de outubro, também tem boas chances. Na semana passada, Lula disse à cúpula do partido que prefere a recondução de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao posto, em 1º de fevereiro. "Não tem por que mudar. O Aldo está com boa saúde, é leal, está dando certo", afirmou.
Os jornalistas explicam que a base governista poderá ter três candidatos a presidente da Câmara: "Aldo, um petista e um peemedebista (o baiano Geddel Vieira ou o cearense Eunício Oliveira). As três candidaturas devem iniciar em breve uma corrida atrás dos votos dos demais partidos aliados: PP, PR, PSB e PTB, além de deputados da oposição", diz a reportagem.
Garcia: relação com PTB e PL será de "outro tipo"
O presidente Lula não pretende manter representantes do PTB e PL no conselho político do próximo governo. O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, disse que o conselho deverá ser composto por dirigentes do PT, PMDB, PCdoB, PRB e PSB. "O governo terá outro tipo de relacionamento com o PTB e o PL", afirmou Garcia, hoje (27) à tarde.
Lula se reuniu com os petebistas na semana passada quando informou que não poderá dialogar, como governo, com o partido enquanto o mesmo for dirigido pelo ex-deputado Roberto Jefferson (RJ). O PL também terá dificuldades em ter mais espaço no próximo mandato, uma vez que é comandado por Valdemar Costa Neto, que renunciou após ter admitido receber caixa dois do PT. Ainda assim, Lula deverá manter os partidos no primeiro escalão em troca de apoio no Congresso.
Reações
O deputado José Múcio (PE), líder do PTB na Câmara, disse que isolar o partido "não seria uma medida inteligente" da parte do governo. "Quero primeiro que [a decisão] seja oficializada para entender a nossa relação com o governo. Nós estamos votando com o governo e não acredito, não acho inteligente que sejamos isolados. Qual é a vantagem disso?", questionou o parlamentar.
Múcio afirmou que as denúncias que atingiram membros do PTB não podem ser usadas como desculpas para um tratamento diferenciado ao partido. "Não há escândalo nem instalado nem em curso que envolva o partido", afirmou. "Não estamos reivindicando nada, vamos aguardar o presidente. Nós nos sentimos da base e votamos como se base fossemos", complementou.
O deputado Luciano Castro (RR), líder do PL na Câmara, também ressaltou que a legenda faz parte da base de apoio ao governo no Congresso. "Nós teremos 44 deputados e cinco senadores. Na votação da medida provisória dos aposentados, o PL foi o partido mais leal", disse.
Deputados prestam esclarecimentos ao Conselho
Quatro deputados acusados de participar da máfia das ambulâncias prestam esclarecimentos aos integrantes do Conselho de Ética da Câmara nesta semana. Amanhã (28), os parlamentares ouvem o deputado Cabo Júlio (PMDB-MG). Na quarta-feira será a vez do deputado Érico Ribeiro (PP-RS), e na quinta serão ouvidos os deputados Maurício Rabelo (PL-TO) e Pedro Henry (PP-MT).
Os deputados são acusados pela CPI dos Sanguessugas de envolvimento com o esquema de compra de ambulâncias superfaturadas para municípios. Segundo o sócio-proprietário da Planam, Luiz Antônio Vedoin, os parlamentares teriam recebido uma comissão de 10% sobre o valor de cada emenda executada. Leia mais
Senado
No Conselho de Ética do Senado, os senadores se reúnem amanhã, às 10h, para a apresentação do relatório de Paulo Octávio (PFL-DF) sobre o processo de cassação contra Serys Slhessarenko (PT-MT). Ao meio-dia, é a vez de Demóstenes Torres (PFL-GO) apresentar seu relatório sobre o processo contra Magno Malta (PL-ES). Às 14h, o colegiado retoma a votação do parecer de Jefferson Péres (PDT-AM) que pede a cassação do senador Ney Suassuna (PMDB-PB).
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