Saddam é condenado à morte

O ex-presidente iraquiano Saddam Hussein foi condenado ontem (domingo, 5), em Bagdá, à morte por enforcamento. Um tribunal especial julgou Saddam e sete colaboradores de seu regime. O julgamento começou em 19 de outubro do ano passado.

O ex-ditador foi condenado por crime contra a humanidade devido a um massacre de 148 xiitas ocorrido em 1982. Os xiitas foram detidos e executados após julgamentos sumários por terem sido acusados de participar de um atentado frustrado contra Saddam.

O ex-chefe do Tribunal Revolucionário no regime de Saddam Hussein, Awad Bander, também foi condenado à forca pelo tribunal.

"Não se vinguem"

De acordo com o advogado de Saddam, Khalil al Dulaimi, o ex-líder iraquiano pediu ao povo de seu país para que cesse a violência sectária no Iraque. Saddam também pediu aos iraquianos para que eles "não se vinguem" das forças americanas, que invadiram o país em 2003.

"A mensagem do presidente Saddam a seu povo veio durante um encontro em Bagdá na manhã de hoje, pouco antes da assim chamada corte iraquiana ter pronunciado seu veredicto nesse julgamento", disse o advogado à agência de notícias Associated Press, por telefone.

Casa Branca comemora condenação de Saddam

Por meio do porta-voz Tony Snow, a Casa Branca comemorou a condenação de Saddam. "É um bom dia para o povo iraquiano", disse. De acordo com o porta-voz, o governo norte-americano comemorou a decisão judicial que condenou Saddam Hussein à morte por enforcamento por crimes contra a humanidade.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, acrescentou em Waco (Texas), em uma breve declaração antes de retomar a campanha para as eleições legislativas da próxima terça-feira (7), que a sentença representa um "marco" nos "esforços do povo iraquiano para mudar o mandato de um tirano pelo da lei".