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Congresso em Foco
5/11/2006 | Atualizado 6/11/2006 às 6:49
Os deputados envolvidos no escândalo da máfia das ambulâncias que conseguiram se reeleger, cinco ao todo, arrecadaram, juntos, um terço do que foi levantado pelos sete parlamentares envolvidos com o esquema do mensalão que também foram reeleitos para mais um mandato.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os cinco sanguessugas, que respondem a processo no Conselho de Ética da Câmara, arrecadaram R$ 2,3 milhões. Por sua vez, os sete mensaleiros recolheram R$ 6,5 milhões.
Dos 12 deputados acusados de envolvimento com o mensalão, sete permanecerão Câmara. Em relação aos 50 parlamentares acusados de envolvimento com o esquema dos sanguessugas, apenas cinco permanecerão na Casa.
O único deputado acusado de envolvimento com os sanguessugas que conseguiu arrecadar mais de R$ 1 milhão foi Wellington Fagundes (PL), eleito em Mato Grosso, base da empresa Planam, da família Vedoin. A maior parte dos recurso tem origem em "recursos próprios", conforme a prestação de contas entregue à Justiça. Fagundes, veterinário e comerciante, nega envolvimento com o esquema.
A segunda maior arrecadação entre os eleitos é a do deputado Pedro Henry (PP-MT), citado nos dois escândalos. O parlamentar arrecadou R$ 464 mil.
A maioria dos deputados acusados de envolvimento com o esquema dos sanguessugas que disputaram a reeleição (37%) obtiveram arrecadação entre R$ 100 mil e R$ 500 mil.
O deputado Reinaldo Gripp (PL-RJ) foi quem arrecadou menos: R$ 16,7 mil. O parlamentar fluminense obteve apenas 0,30% dos votos na disputa, de acordo com o TSE. Amauri Gasques (PL-SP) arrecadou R$ 25 mil.Irapuã Teixeira (PP-SP) recolheu R$ 35,3 mil, e Elaine Costa (PTB-RJ), R$ 35,4 mil.
"O denuncismo deixou os empresários com medo", afirmou o deputado João Caldas (PL-AL), que arrecadou R$ 312 mil, mas não conseguiu se reeleger. Caldas nega envolvimento com a máfia das ambulâncias.
"Não tinha como bater na porta de uma empresa e pedir ajuda saindo de uma calúnia dessas", declarou Ildeo Araújo (PP-SP), que arrecadou R$ 52 mil e nega participação em irregularidades.
TSE: prestações de contas revelam grandes doações
As prestações finais de contas de campanha para o governo dos estados, entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelam que na maioria dos estados onde a eleição foi definida no primeiro turno o candidato vitorioso contou com o financiamento maciço de grandes grupos que têm interesses econômicos locais.
Conforme reportagem de Thiago Reis, da Agência Folha, em Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) recebeu da Tavares de Melo Açúcar e Álcool R$ 660 mil, em três parcelas. O grupo possui duas unidades produtoras no estado, as usinas Passa Tempo e Maracaju.
O segundo maior investidor da campanha de Puccinelli foi Eike Batista, ex-marido da modelo Luma de Oliveira, que doou R$ 400 mil. O empresário, dono do grupo EBX, enfrenta problemas ambientais para instalar uma siderúrgica em Corumbá, há 400 km de Campo Grande. Eike também doou a Cid Gomes (PSB), no Ceará. Foram R$ 200 mil. O empresário é dono de uma termelétrica em Pecém, há 61 km de Fortaleza, que foi apelidada de "TermoLuma".
No Amazonas, o peemedebista Eduardo Braga contou com o financimento de indústrias da Zona Franca. A Gradiente doou R$ 750 mil. A Yamaha, R$ 500 mil. A Caloi, R$ 400 mil. Empresas de eletroeletrônicos como Semp Toshiba, LG, Siemens, CCE, Sanyo, Tec Toy e Panasonic também fazem parte da lista.
O também peemedebista Paulo Hartung, governador reeleito do Espírito Santo, contou com doações de empresas privadas que atuam no ramo do comércio exterior. A Cisa Trading cedeu R$ 1,5 milhão. A Cotia Trading deu R$ 500 mil. Ambas operam no porto de Vitória. A Aracruz Celulose, constantemente em conflito com índios tupiniquins e guaranis pela disputa de uma área no Espírito Santo, também doou R$ 200 mil a Hartung.
Em Mato Grosso, a campanha do governador reeleito Blairo Maggi (PPS), recebeu o auxílio da Nortox, que lhe deu R$ 500 mil.
No Piauí, onde Wellington Dias (PT) foi reeleito, e no Acre, onde Binho Marques (PT) se elegeu, as construtoras encabeçam a lista de doadores. A Construtora Getel doou R$ 200 mil a Dias. A JM Terraplanagem Construção deu R$ 160 mil a Marques.
Em Minas Gerais, o governador reeleito Aécio Neves (PSDB) teve uma receita de R$ 19 milhões. O tucano recebeu R$ 1 milhão de apenas uma empresa: a Urucum Mineração.
Na Bahia e em Sergipe, onde os petistas Jaques Wagner e Marcelo Déda venceram respectivamente, o comitê financeiro nacional para presidente de Lula e o Diretório Nacional do PT foram os principais financiadores das campanhas. Doaram R$ 1,1 milhão a Wagner e R$ 865 mil a Déda. Os governadores que foram eleitos no segundo turno têm até o dia 28 de novembro para prestar contas ao TSE.
Alckmin descarta disputar prefeitura de São Paulo
O candidato derrotado à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, descartou a sua candidatura à presidência do partido e à Prefeitura de São Paulo em 2008 em sua primeira entrevista após a vitória do presidente Lula nas eleições presidenciais.
Questionado sobre a sua candidatura à prefeitura, Alckmin apenas disse: "não". Em relação ao comando do PSDB, Alckmin disse que não "quer esse encargo".
O tucano falou em estudar e "retomar gradualmente a atividade médica". "Trabalhar faz bem pra cabeça", afirmou.
O ex-governador de São Paulo afirmou que é "muito cedo" para pensar em uma nova candidatura à Presidência da República, mas disse que, seja qual for o quadro daqui a quatro anos, o PSDB não estará dividido para a disputa ao Planalto. "Quem apostar na divisão do PSDB vai errar. O partido vai estar sempre unido para trabalhar pelo país. Tudo ainda está muito longe e a minha tarefa agora é a de um 'soldado raso', a serviço do Brasil", ressaltou.
Alckmin também desejou um bom segundo mandato ao presidente Lula e se negou a fazer qualquer avaliação sobre o governo. "Eu ainda estou num período sabático, ou seja, prefiro ficar quieto. Vamos dar o tempo necessário", disse.
TSE: Roriz recebeu R$ 866 mil de construtoras
O senador peemedebista eleito pelo Distrito Federal, Joaquim Roriz, pagou metade dos custos de sua campanha eleitoral com doações de construtoras. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou, em sua página eletrônica, a prestação de conta de 18 dos 27 senadores eleitos nestas eleições.
Roriz, que é ex-governador do DF, declarou à Justiça Eleitoral uma arrecadação de R$ 1,6 milhão. Mais da metade deste valor, R$ 866 mil, foi de doações de construtoras.
De acordo com o TSE, apenas uma construtora, a JM Terraplanagem e Construções, doou R$ 700 mil. Roriz também recebeu doações de R$ 150 mil da Torc - Terraplanagem, Obras Rodoviárias e Construções Ltda, e de R$ 16 mil da Elifran Construção e Terraplanagem Ltda.
Roseana poderá se filiar ao PMDB
A senadora Roseana Sarney (sem partido-MA) foi convidada a participar do segundo governo Lula. De acordo com reportagem de Christiane Samarco, da Agência Estado, antes de viajar aos Estados Unidos na última quarta-feira, para um descanso de dez dias, a senadora foi procurada, por telefone, pela ministra do Casa Civil, Dilma Rousseff. Segundo um interlocutor da senadora, a ministra transmitiu-lhe o recado objetivo de que o presidente gostaria muito de tê-la a seu lado, no ministério.
A reportagem também afirma que assim que retornar ao Brasil, Roseana vai se filiar ao PMDB, independentemente do encontro com o presidente para tratar do convite. Roseana havia recebido um telefonema do presidente Lula no início da semana. No entanto, não se falou de ministério. De acordo com um interlocutor, a conversa ficou restrita à manifestação pessoal de solidariedade, feita por Lula, por conta da derrota dela na disputa pelo governo do Maranhão.
A matéria afirma que setores da cúpula peemedebista trabalham com a hipótese da troca do Ministério das Minas e Energia, cujo ministro é Silas Rondeau, pelo Ministério da Saúde, com Roseana.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assume o discurso da coalizão de governo que estabeleça uma nova relação com o governo federal, em que o PMDB passaria a discutir e formular políticas de governo. No entanto, nos bastidores do partido, a conversa de seus correligionários é a de que o setor de infra-estrutura não é a área preferencial do partido, mas seu Plano "B". A prioridade dos peemedebistas, segundo a matéria da Agência Estado, é ocupar a área social. Tanto que, antes mesmo da eleição presidencial, setores da ala governista movimentaram-se para indicar o novo ministro da Saúde.
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