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Blairo Maggi, o campeão: R$ 33 milhões de muita terra para a soja

Congresso em Foco

25/7/2006 | Atualizado às 0:57

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Renaro Cardozo e Ricardo Ramos

Se Bruno Mezenga Berdinazzi, personagem interpretado pelo ator global Antônio Fagundes, era o rei do gado, nas eleições de outubro, a região Centro-Oeste conhecerá os verdadeiros reis da terra. Juntos, os ex-governadores do Mato Grosso Blairo Maggi (PPS), de Goiás, Marconi Perillo (PMDB), o vice-governador do estado, Alcides Rodrigues Filho (PP), o senador Maguito Vilela (PMDB-GO), e o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PMDB) têm mais de 7.526,9893 hectares de terra. Os quatro candidatos possuem o equivalente a 7.840 campos de futebol.

Na terceira matéria da série sobre o patrimônio dos candidatos às eleições deste ano, o Congresso em Foco apresenta hoje os bens territoriais registrados na Justiça eleitoral dos concorrentes a cargos majoritários do Centro-Oeste (leia lista completa). Na sexta-feira, foram divulgados os bens dos candidatos da região Sudeste (leia aqui) e, ontem, da região Sul (leia aqui).

Campeão de terras

O primeiro lugar em quantidade de terras é também o mais rico dos candidatos da região, o governador Blairo Maggi. O candidato à reeleição é dono de cerca de 1.980,4655 hectares, distribuídos no estado em que governo e no Paraná. Sozinho, ele detém uma área do tamanho de 2.062 campos de futebol, de dimensões 80 m por 120 m.

Com 50 anos, Maggi possui um patrimônio de R$ R$ 33.444.394,07 - só perdendo, até agora na série, para Ronaldo Cezar Coelho, candidato pelo PSDB ao Senado do Rio, com R$ 492 milhões, e Orestes Quércia, ex-governador de São Paulo que tenta voltar ao Palácio dos Bandeirantes, com R$ 111,5 milhões.

A fortuna desse gaúcho, nascido em Torres (RS), teve origem no ano de 1973, quando ele fundou em Mato Grosso a Sementes Maggi, que produzia e comercializava sementes de soja. A empresa deu certo e surgiu o Grupo Maggi, posteriormente chamado de Amaggi (que abrange as Sementes Maggi, Amaggi Exportação e Importação, Hermasa Navegação da Amazônia, Agropecuária Maggi e Maggi Energia).

Maggi é seguido pelo senador Maguito Vilela, que, no meio do mandato, tenta trocar a cadeira do Congresso pela de governador de Goiás. Maguito declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 4,67 milhões e a posse de 1.148,4 hectares de terra. Dentro desse limite territorial, o político também vira um verdadeiro rei do gado, pois tem 450 cabeças de gado, além de 50 caprinos e outros animais nas fazendas dele.

O terceiro e o quarto lugar nesse ranking de reis da terra do Centro-Oeste não estão tão distantes de Maguito: são os candidatos ao governo do Goiás Alcides Rodrigues Filho, dono de 962,12 hectares, e o concorrente ao Senado pelo Distrito Federal, o ex-governador Joaquim Roriz, com 662,74 hectares.

Por último, entre os que mais têm terras, o candidato ao Senado por Goiás, Marconi Perillo administra 38 alqueires em Pirenópolis (GO).

Rei do concreto

Enquanto alguns candidatos do Centro-Oeste preferem investir no campo, o concorrente ao Senado por Goiás Dione José de Araújo (PFL) viu em imóveis a oportunidade perfeita para crescer financeiramente. O empresário, cujo patrimônio foi por ele avaliado em R$ 1,5 milhão, é dono de 50% de três prédios comerciais e três residenciais em Minas Gerais.

No entanto, segundo os dados apresentados à Justiça eleitoral, o ganho deve vir mesmo é do aluguel das salas comerciais, pois os prédios não são tão valorizados assim. Quatro deles não chegam a valer R$ 6 mil.

O bloco dos "10 sem-bens"

Se a região Centro-Oeste chama a atenção por ter muitos candidatos milionários, no outro lado da ponta, 10 deles declararam não possuir um único patrimônio sequer. Esse bloco é composto por postulantes que se registraram para as eleições por legendas de esquerda, como o PCO, PCB e Psol, ou pouco conhecidas do cenário nacional, como PSC, PSDC e PHS.

Mesmo com essa dupla dificuldade - partido pequeno e sem ter bens que, em teste, ajudariam custear sua própria campanha -, quatro dos dez concorrentes desse seleto grupo jogaram lá para a casa dos milhões, de acordo com os dados informados à Justiça Eleitoral, o teto de gastos na disputa pelo voto. São eles: os candidatos ao governo de Mato Grosso Josmar Oliveira Alderete (R$ 2 milhões), pelo PSDC; e Roberto Aparecido Pereira, pelo PHS (R$ 1,3 milhão); e os concorrentes às cadeiras do Senado por Mato Grosso Janete Oliveira de Carvalho Dantas, pelo PcdoB (R$ 1,1milhão) e por Mato Grosso do Sul Carlos Antonio Menezes Leite, pelo PV (R$ 10 milhões).

Embora os candidatos, com receio de ter que dar explicações para a Justiça Eleitoral, elevem às alturas seu teto de gastos para ter uma boa margem de arrecadação para trabalhar, o caso de Antonio Menezes Leite não deixa de ser curioso. Para um candidato sem patrimônio, seus R$ 10 milhões de teto superam a soma dos outros seis concorrentes - que chega a R$ 8,95 milhões.

Veja a lista dos bens declarados pelos concorrentes ao Senado e ao governo estadual na região Centro-Oeste

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