O Rio de Janeiro lidera no número de congressistas com pedido de abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento com a máfia das ambulâncias. A lista divulgada nesta tarde pela CPI dos Sanguessugas aponta que, dos 57 parlamentares acusados, 13 pertencem à bancada fluminense - todos deputados.
São Paulo aparece em segundo, com dez deputados sob investigação. A terceira maior bancada acusada de envolvimento na fraude é a do Mato Grosso, onde fica a sede da Planam (empresa central do esquema), com cinco congressistas.
Minas Gerais e Bahia têm quatro deputados citados na lista divulgada hoje. A bancada do Tocantins vem com três parlamentares. Alagoas, Amapá, Acre e Paraíba têm dois congressistas acusados de envolvimento na máfia das sanguessugas.
Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Maranhão, Pará, Rondônia, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Norte e Espírito Santo aparecem, cada um, com um deputado sob investigação na relação.
Evangélicos no topo
Mais do que as bancadas estaduais ou dos partidos, a bancada evangélica é a que tem mais deputados na lista: 19 no total. Desses, dez estão ligados à Igreja Universal e cinco com a Assembléia de Deus.
PP e PTB lideram
Dos 57 parlamentares listados, a maior parte é do PP e do PTB, com 13 cada. O PL vem logo atrás, com dez deputados acusados. As três legendas também estiveram no centro da crise do mensalão.
O PMDB, além de ser o quarto da lista, com cinco congressistas envolvidos, tem o único senador: o líder da bancada na Casa, Ney Suassuna (PB).
O PFL tem quatro deputados entre os acusados e o PSDB, três. PSC e PRB aparecem com dois parlamentares e o PPS, que antes ostentava não ter nenhum de seus quadros envolvidos em escândalos no ano passado, figura com um parlamentar no levantamento.