Os deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Luis Eduardo Greenhalgh (PT-SP) e João Alfredo (Psol-CE) visitaram os integrantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Na saída, disseram que não observaram nenhum sinal de tortura e maus tratos contra os militantes.
Nos últimos dias, familiares dos presos levantaram a suspeita de que os presos teriam sido maltratados na cadeia. A esposa de um dos líderes do MSLT afirmou que eles foram obrigados a dormir com roupas molhadas, sem cobertor e sem comer.
Os integrantes do MLST foram presos após invadir e depredar a Câmara no último dia 6 de junho. "Como eles foram detidos provisoriamente, não usam a roupa do presídio. Essa é uma situação muito constrangedora de estar ainda com a mesma roupa", avaliou João Alfredo.
O parlamentar do Psol defende a liberdade provisória dos 42 integrantes do MLST pelo fato de eles já terem sido identificados e não possuírem antecedentes criminais. João Alfredo disse que três pessoas estão presas porque estavam, por curiosidade, no momento da depredação da Câmara e não teriam participando da ação.
"Não estamos tratando de impunidade, porque nenhum militante de direitos humanos defende a impunidade. Mas já que eles não se evadiram, foram identificados, já foi realizado o inquérito, todos têm bons antecedentes e tem endereço, eles podem responder em liberdade", afirmou.