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Congresso em Foco
13/6/2006 | Atualizado 14/6/2006 às 10:19
Ricardo Ramos
Três anos antes dos ataques que assombram São Paulo, a Polícia Civil paulista já apontava o uso de telefones como o principal instrumento de integração dos membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). E a preocupação não se restringia ao uso dos telefones celulares pré-pagos introduzidos clandestinamente nas cadeias. A policia havia descoberto que os criminosos também se valiam de um aparato conhecido popularmente como "central telefônica".
Investigações revelaram que integrantes do PCC, que se encontravam em liberdade, fraudavam documentos e habilitavam linhas telefônicas fixas em diversos endereços da grande São Paulo e do interior do estado. "Em seguida, utilizando-se do serviço de transferência de chamada prestado pela Telefônica e operadora de outros Estados, programam a linha fixa para redirecionar o seu sinal de áudio para o celular que se acha em poder do preso, descarregando os débitos das contas nas linhas fixas, que jamais são pagos", diz o relatório em poder da CPI do Tráfico de Armas.
No documento, a polícia admite a incapacidade de impedir o funcionamento das centrais clandestinas. "À medida que a operadora de telefonia, dois ou três meses depois, retira a linha por falta de pagamento, os indigitados habilitam outras linhas em nome de empresas fictícias." Em 2003, os policiais detectaram 20 lugares usados como "centrais telefônicas". Foram encontradas 15 centrais na capital, nove em Guarulhos, duas em Embu das Artes, e uma de cada em Araraquara, Arujá, Vicente e Indaiatuba. Segundo o documento, uma das responsáveis pela estruturação das centrais é Givanilda Isabel da Silva, mais conhecida como Carla, que teria montado inclusive uma central para uma advogada.
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