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Congresso em Foco
27/5/2006 | Atualizado às 16:49
Reportagem da revista Veja desta semana diz que o ex-deputado José Dirceu (PT-SP) está intermediando a venda da Varig para o magnata russo Boris Berezovski. Segundo a matéria, assinada por Octávio Cabral, Dirceu pretende convencer o governo brasileiro a colocar R$ 100 milhões na transação do negócio por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A fonte das informações seria um petista cujo nome não foi revelado pelo repórter.
A intenção de Dirceu seria tirar uma comissão de U$ 20 milhões da intermediação da venda da companhia aérea para financiar a eleição de 11 deputados da Assembléia Legislativa de São Paulo e de 10 deputados federais para manter sua influência no governo. Entre os beneficiários, estariam João Paulo Cunha (SP), José Mentor, Professor Luizinho (SP) e Paulo Rocha (PA), acusados de terem recebido recursos do valerioduto, além de Angela Guadagnin (SP), petista que dançou no plenário para comemorar a absolvição de João Magno (MG).
A fortuna de Boris Berezovski é avaliada em U$ 10 bilhões.O russo vive exilado em Londres por causa dos processos movidos contra ele por contrabando e lavagem de dinheiro e até da suspeita de ter cometido um assassinato. Seu fundo de investimento teria R$1 bilhão já destinado para a compra da Varig.
Os encontros entre Dirceu e Boris teriam ocorrido numa mansão no bairro do Pacaembu, em São Paulo, cedida pelo empresário Renato Duprat, que virou celebridade depois de levar à falência o grupo Unicor, empresa de planos de saúde.
De acordo com a revista, o trânsito de Dirceu continua livre no governo. Antes do encontro nacional do PT, um mês atrás, o ex-deputado esteve com o presidente Lula na Granja do Torto para discutir a estratégia que o partido deveria adotar para a definição das alianças políticas.
Há duas semanas, Dirceu voltou a falar longamente com Lula, mas, dessa vez, o diálogo foi por telefone, e nada se sabe dele. A revista conta que o interesse de Dirceu pela já se espalhou pelo governo. Como vive exilado em Londres, fugindo de processos em sua terra natal, Berezovsky tem demonstrado interesse em mudar-se para o Brasil.
Ele já deu o primeiro passo quando se tornou investidor do grupo MSI, que controla o futebol do Corinthians. Com os negócios, trouxe também suas suspeitas de maracutaias. Um dia depois de se reunir pela última vez com Dirceu, segundo Veja, o magnata russo foi interrogado durante oito horas por dois procuradores do Ministério Público que investigam irregularidades financeiras na gestão do Corinthians pela MSI. Encerrado o depoimento, voltou para Londres em seu jato particular.
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