O Conselho de Ética rejeitou, por oito votos a cinco, o relatório do deputado Moroni Torgan (PFL-CE) que sugeria a cassação de Vadão Gomes (PP-SP). O deputado do PP é acusado de receber R$ 3,7 milhões das mãos do empresário Marcos Valério de Souza, operador do mensalão, e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. O presidente do órgão, Ricardo Izar (PTB-SP), designou o deputado Eduardo Valverde (PT-RO) para relatar um parecer favorável à absolvição.
Os parlamentares do Conselho julgaram que o relatório não foi suficientemente claro para comprovar que Vadão recebera, de fato, o dinheiro de Valério. Em depoimento na comissão, o próprio empresário confirmara ter repassado parte dos recursos ao deputado em 5 de julho num hotel da capital paulista. Vadão, porém, apresentou documentos para atestar que nesse dia ele estava em Goiás, onde tem um frigorífico. A versão, porém, não convenceu Torgan, que levou adiante o pedido de cassação.