No trecho do relatório final da CPI dos Correios que trata dos contratos de publicidade firmados entre a SMP&B, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e a Câmara dos Deputados, o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), concluiu que a agência de Marcos Valério foi beneficiada em licitações e contratos.
Entre as irregularidades que teriam ocorrido na contratação, pela Câmara dos Deputados, da empresa SMP&B, Serraglio citou a realização de serviços não previstos no objeto do contrato, incluindo uma reforma nas instalações da TV Câmara e pesquisa de opinião contendo perguntas de interesse do então presidente João Paulo Cunha (PT-SP), desvinculadas do interesse da Casa.
Serraglio também citou a sub-contratação, pela SMP&B, da IFT - Idéias, Fatos e Textos, que teria entre os seus sócios um assessor de João Paulo, com indícios de que o serviço não foi executado, embora tenha havido o pagamento de R$ 252 mil. O relator também disse que as investigações detectaram a inexistência de um controle efetivo da veiculação dos anúncios, o que teria aberto a possibilidade para o pagamento de serviços não realizados.