Alvo da representação mais atrasada no Conselho de Ética, o deputado José Janene (PT-PR) não conseguiu adiar os depoimentos previstos para hoje e quinta-feira do seu processo. Por meio de oficio de seu advogado, Janene pediu a suspensão das testemunhas arroladas em sua defesa, pois sua ausência prejudicaria sua defesa. Mas o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), afirmou que não suspenderá os depoimentos.
Desde setembro, o ex-líder do PP está em licença de saúde. O deputado sofre de uma cardiopatia grave, mas foi acusado pelo relatório feito em conjunto pelas CPIs dos Correios e do Mensalão (extinta) de ser beneficiário de recursos do valerioduto.
Prorrogação de processos
O Conselho aprovou hoje a prorrogação do processo contra Janene, que se encerraria em 17 abril. O prazo foi prorrogado por 90 dias contados dessa data. A relatora da representação, deputada Angela Guadagnin (PT-SP), disse que, apesar da prorrogação, o processo poderá ser concluído até 17 de abril.
Angela lembrou que o conselho decidiu pela continuidade do processo e que a renúncia do deputado não impediria seu prosseguimento. Atualmente, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) avalia a possibilidade de suspendê-lo.
A comissão também prorrogou, preventivamente e pelo mesmo período, os processos contra os deputados Vadão Gomes (PP-SP) e
Josias Gomes (PT-BA), que estão em fase final.