Terminou sem acordo a reunião de líderes da Câmara convocada pelo presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para tratar da proposta de emenda constitucional (PEC) que acaba com o voto secreto em plenário nos processos de cassação. Ficou acertado que os líderes partidários voltarão a discutir o assunto após consultar suas bancadas.
A idéia de Aldo é levar ao Plenário o mais breve possível a votação dessa PEC. A proposta ganhou força após a má repercussão da não cassação em plenário dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), na semana passada. Alguns parlamentares, sobretudo os do Conselho de Ética, denunciaram a existência de um acordão entre PFL, PSDB e PT para absolver os deputados acusados de envolvimento com o mensalão.
Aldo defendeu ontem a proposta de voto aberto. Mas reconheceu que será uma questão árdua, já que o voto secreto é "uma proteção" para os parlamentares em votações que podem lhes trazer pressões dos partidos.