A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a resolução baixada pelo Conselho Nacional de Justiça proibindo o nepotismo no Poder Judiciário resultou na demissão de 2.673 parentes de ministros, desembargadores e juízes em todo o país. A informação é da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Segundo a OAB, o estado que mais demitiu foi Minas Gerais, com o afastamento de 494 servidores que ocupavam cargos de confiança, sem concurso, nas diferentes instâncias da Justiça. Na seqüência, aparecem Mato Grosso (212) e Alagoas (202).
"O nepotismo é uma prática nefasta que deve ser extirpada de todos os poderes da República e não só do Judiciário", afirmou hoje o presidente nacional da OAB, Roberto Busato, ao comentar os números. Agora, ressalta Busato, a responsabilidade de proibir o nepotismo em toda a administração pública está nas mãos da Câmara, que deve analisar, ainda em março, uma proposta de emenda constitucional que proíbe a contratação de parentes sem concurso público.
Veja como foi o corte do nepotismo no Judiciário nos demais estados: Amazonas (72), Bahia (128), Ceará (114), Distrito Federal (12), Goiás (166), Espírito Santo (86), Maranhão (171), Mato Grosso (212), Mato Grosso do Sul (39), Minas Gerais (494), Pará (100), Paraíba (105), Paraná (110), Pernambuco (111), Piauí (196), Rio de Janeiro (84), Rio Grande do Norte (115), Rio Grande do Sul (30), Rondônia (26), Sergipe (64) e Tocantins (36).