O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, pediu aos presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), empenho para que o Legislativo aprove, em tempo hábil, o projeto de lei do Executivo que eleva o salário mínimo para R$ 350 a partir de 1º de abril. "Caso isso não ocorra, seremos obrigados a retirar o projeto e mandar uma medida provisória", ameaçou Marinho.
O ministro informou que os presidentes da Câmara e do Senado vão conversar para que o projeto seja aprovado ainda durante a convocação extraordinária, que se encerra na próxima terça-feira (14). "Temos pouco tempo para isso, mas é tarefa agora exclusivamente do Legislativo", frisou.
Marinho descartou a possibilidade de outro aumento do salário mínimo pelos parlamentares. Segundo ele, o valor definido foi o "possível" para que ficasse dentro do orçamento. "Eles sabem que o governo fez todo o esforço de negociação com o movimento sindical e chegamos a um valor possível de enquadrar no orçamento. Se encontrarem recursos para possibilitar o aumento, o governo não seria contra". O Psol está propondo projeto de lei que pede valor maior para o salário.
A correção em 8% da tabela do Imposto de Renda, negociada também com as centrais sindicais, será encaminhada ao Congresso por meio de medida provisória. "A correção precisa entrar em vigor a partir de 1º de fevereiro. A MP está sendo elaborada pela Secretaria da Receita Federal", informou Marinho.