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Congresso em Foco
12/7/2007 | Atualizado às 18:29
A crise envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), esquentou mais uma vez o dia hoje no Congresso. Depois de desdenhar do líder do Democratas, José Agripino Maia (RN), e de adiar uma reunião que iria decidir pelo envio de documentos para a perícia na Polícia Federal (PF), senadores da oposição se reúnem para discutir os procedimentos diante do caso.
A reunião, que começou há pouco, reúne Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), José Agripino Maia, Tarso Jereissati (CE), presidente nacional do PSDB, Demóstenes Torres (DEM-GO) e José Nery (PA), do Psol, legenda que fez a representação por quebra de decoro parlamentar contra Renan Calheiros.
Ele é acusado de ter as despesas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. Renan apresentou documentos para tentar provar que tinha recursos próprios para fazer os pagamentos, mas eles se mostraram inconsistentes, inclusive por uma perícia parcial da PF.
Os senadores oposicionistas – ou os que pedem que o presidente do Senado se licencie do cargo até que as investigações sejam concluídas – já anunciaram que vão obstruir as votações, retirando-se do plenário. Estima-se que nesse grupo esteja mais de um terço dos 81 senadores.
“Só marca reunião quem ganha eleição”
A frase de Renan repercutiu muito mal entre os senadores. Ao sair do Congresso, hoje à tarde, o presidente do Senado negou que esteja protelando as investigações e acabou criticando abertamente o líder do DEM, José Agripino Maia.
“Só marca reunião quem ganha eleição. Quem tem 28 votos não marca reunião”, declarou, referindo-se ao número de votos que José Agripino recebeu na eleição para a presidência do Senado, em fevereiro, quando o atual presidente foi eleito.
Para o senador potiguar, a frase é uma demonstração da “pequinesa política” de Renan Calheiros. “O que está em jogo não é uma disputa de poder. É a imagem de uma instituição.”
Para Jarbas Vasconcelos, a situação do presidente do Senado é cada vez mais insustentável. Ele avalia que Renan já perdeu o diálogo com parte das lideranças partidárias. “Isso já está muito claro”, disse. (Lucas Ferraz)
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