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Congresso em Foco
23/8/2006 | Atualizado às 15:51
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), recentemente acusado pelo empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos donos da Planam, de participar da máfia das ambulâncias, acabou de acusar no plenário do Senado o ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi (PPS) de ser o "sanguessuga-rei do estado".
De acordo com o senador, Maggi teria encaminhado, em 2003, à Assembléia Legislativa do estado um projeto de lei, que favoreceu a atuação da empresa Planam na região. Segundo Paes, no inciso 3º do documento, que foi aprovado pelos deputados estaduais, estava estabelecido que os veículos adquiridos de empresas de transformação estariam isentos do pagamento do IPVA. "Em Mato Grosso só tem uma empresa de transformação: a Planam", declarou o senador.
Além disso, um ofício da Planam enviado à secretaria de Fazenda do Mato Grosso, em 13 de outubro de 2005, assinado por Cléia Maria Trevisan Vedoin, pedia que fossem prorrogados na lei, aprovada em 29 de janeiro, os benefícios ganhos pelas empresas de transformação. Assim, a Planam não teria que pagar boa parte dos impostos aos cofres públicos até novembro de 2006.
No entanto, de acordo com Paes, para mostrar quem mandava nos "sanguessugas do estado", Maggi interveio no pedido da família Vedoin e estendeu o prazo dos benefícios até dezembro de 2007.
O senador também afirmou que ainda hoje protocolará no Ministério Público pedido de investigação sobre as atividades de Maggi enquanto governador do Mato Grosso. "A mesma dificuldade que eu tenho de combater financeiramente a campanha dele, é a mesma que ele tem de combater eticamente a minha", disse.
Direito de resposta
Quanto às acusações de Vedoin, Paes criticou a revista Veja por dar tanta atenção às declarações do empresário. "Meu pai me disse que conseguiu umas emendas por R$ 40 mil e que deu R$ 9 mil para Lino Rossi (deputado federal pelo PP). E que depois o dinheiro foi para o senador Antero Paes", ironizou o parlamentar, repetindo a entrevista concedida à revista.
Paes ainda disse que protocolou ontem na Justiça Federal pedido de direito de resposta na revista que o denunciou. Segundo o senador, ele encaminhou sim emendas para a compra de ambulâncias, porém, cancelou parte dos recursos recebidos depois de conversar com o secretário estadual de saúde. "Ele me disse: Nós não precisamos de ambulância. Não é assim que melhora a saúde. Tem que investir é em hospitais. É assim que deve gastar esse dinheiro", defendeu-se.
Logo depois do discurso, o senador anunciou que viajaria ainda hoje para Cuiabá, para cuidar da campanha. (Renaro Cardozo)
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