Em entrevista à Rádio Tupi, na manhã desta terça-feira (22), o presidente Lula rebateu as criticas ao programa Bolsa Família. Ele também falou sobre corrupção e reafirmou o seu compromisso com as camadas mais pobres. Na avaliação do presidente, as críticas ao Bolsa Família são injustas e muitas vezes precipitadas. Lula destacou a necessidade do programa e negou que ele tenha caráter definitivo. "Não tenho outra opção a não ser garantir que quem esteja abaixo da linha da pobreza receba alimentos. Mas o sonho dessas pessoas é deixar de receber o Bolsa Família, quando aparecer uma oportunidade. E esse é o meu sonho também. Não posso esperar aparecer o emprego e deixar as pessoas morrerem de fome", disse o presidente, que é candidato à reeleição. Lula lembrou que uma das metas do seu governo é gerar o maior número de empregos possíveis. "Queremos recuperar a capacidade produtiva do nosso país. Queremos construir a possibilidade do povo sobreviver com dignidade, às custas do seu trabalho". Trabalho da PF é destacado O presidente Lula também falou sobre o trabalho da Polícia Federal no combate à corrupção no país. "Achamos que é possível desbaratar todas as quadrilhas que estão montadas. Os números são estarrecedores. Mas eu sonho que estamos caminhando para consagrar no Brasil o que aconteceu na Itália, onde não ficou pedra sobre pedra", disse. O presidente ainda aproveitou a entrevista para fazer um apelo: "Se alguém tiver alguma denúncia, aproveite o meu governo e o faça. Acho que isso é dinheiro que poderia ser revertido para programas sociais e ajudar o povo brasileiro". Compromisso com camada mais pobre Durante a entrevista, o presidente disse ter um compromisso com a camada mais pobre da população e que continuará com a política de desoneração dos produtos de consumo populares. "A minha maior preocupação é com a camada mais pobre da população, que paga o imposto indireto. Por isso resolvemos desonerar os produtos de consumo populares. O alimento está mais barato hoje. Essa política está na prática cotidiana e vai estar no próximo governo".