O único dos 24 deputados da Assembléia Legislativa de Rondônia que não foi preso na operação Dominó da Polícia Federal, Neri Firigolo (PT) criticou as análises feitas pela mídia de que o estado teria se transformado em uma "terra de ninguém". Ele disse que existe muita gente honesta em Rondônia e que, nas eleições de outubro, a população poderá punir os envolvidos no esquema com a ausência do voto na candidatura deles.
Firigolo afirmou que não recebeu convite para integrar o esquema porque sabiam que ele não aceitaria. No entanto, o deputado declarou que "só Jesus Cristo foi 100% honesto e, mesmo assim, o crucificaram". De qualquer forma, Firigolo ressaltou que sempre seguiu os ideais que aprendeu com a família.
"É claro que ninguém consegue ser honesto 100%, mas tento fazer o possível para preservar, primeiro, o nome da minha família e do meu finado pai, que me ensinaram isso. Segundo, também porque tem um sentimento religioso. E eu acho que, no dia em que a gente passar dessa (vida) para outra, a gente vai ter que prestar contas, e, lá, não tem agravo, não tem adiamento e não tem ninguém que possa defender a gente", comentou o petista.
O deputado afirmou que suspeitava do esquema, mas que não tinha provas como as que foram descobertas. "Eu sempre desconfiava que havia algumas coisas bastante sérias, mas não esperava que fosse tão grande e com envolvimento de tantos Poderes, que deveriam estar vigilantes e em benefício do povo. De repente, vêm todas as notícias, através da Polícia Federal, de que é um esquema bastante amplo", disse.