O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Ricardo Izar (PTB-SP), admitiu hoje que se o voto não fosse secreto "todos" ou "quase todos" os deputados envolvidos com o mensalão que tiveram seus processos apreciados pelo plenário teriam sido cassados. "Não pode haver voto secreto para julgamento de cassação. Precisamos dar satisfação ao eleitor. O eleitor precisa saber como estamos votando", defende o presidente do Conselho de Ética.
Ricardo Izar (PTB-SP) criticou o voto secreto em processos de cassações de mandato e anunciou que vai criar uma comissão para estudar reformas no regulamento do Conselho de Ética. As propostas serão encaminhadas para o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Foram analisados 19 processos relacionados ao suposto esquema do mensalão. Quatro deputados renunciaram. Dos 15 processos restantes, 3 foram cassados, 11 absolvidos e ainda resta o processo do deputado José Janene (PP-PR) que deve ir ao plenário.
Ainda assim, Ricardo Izar diz que o Conselho de Ética cumpriu seu papel. "Nós sentimos que fizemos um trabalho transparente e democrático e de recuperação da imagem do Poder Legislativo", avaliou Ricardo Izar. "Infelizmente, o plenário não nos atendeu em muitos casos, mas de qualquer maneira não houve pizza porque os mais importantes foram cassados e os que não foram cassados e achávamos que deveriam ser, nós enviamos os processos ao Ministério Público."