Os dois maiores sindicatos de agentes penitenciários de São Paulo resolveram entrar em greve. Eles reivindicam segurança para trabalhar e exigem, imediatamente, a demissão do secretário de Assuntos Penitenciários, Nagashi Furukawa. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sinfuspesp), Cícero Sarney dos Santos, cerca de 20 mil agentes estarão em greve a partir desta terça-feira. "Serão mantidos apenas serviços essenciais", garantiu.
Segundo Sarney dos Santos, a categoria tem várias reivindicações. "Uma delas é segurança no trabalho. Fechamos questão também pela substituição em definitivo do secretário de Assuntos Penitenciários, Nagashi Furukawa. Ele só foca o lado dos presos e até oferece concessão para esconder mazelas", criticou.
O presidente do Sinfuspesp disse que 30% dos agentes manterão a rotina e os demais cruzarão os braços. Eles estarão em postos de vigilância 24 horas. "Há 11 anos fazemos algumas greves, mas sem resultado. Se o governo tivesse nos ouvido antes, os ataques do crime organizado não teriam ocorrido".
O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sindasp)também decidiu entrar em greve nesta terça-feira. O Sindasp divulgou um texto com o procedimento padrão a ser adotado na paralisação. Segundo o documento, a atenção deve ser redobrada e todos devem andar em grupo. "Todas as perseguições e manobras terroristas devem ser denunciadas aos dirigentes dos sindicatos", afirma o texto.