O sub-relator de Contratos da CPI dos Correios, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), anunciou há pouco que vai pedir uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar o parcelamento de dívidas do grupo GPT - que engloba as empresas Beta e Promodal - junto à Receita Federal e ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Hoje, em depoimento à sub-relatoria, o lobista Pedro Vieira de Souza disse que recebera R$ 180 mil da GPT, em 2000, para renegociar dívidas do grupo. O sub-relator, porém, afirmou que esse tipo de questão normalmente não justifica a contratação de um lobista.
O TCU vai examinar também as multas aplicadas às GPT pelo não-pagamento de dívidas. Cardozo solicitará ainda ao Tribunal de Contas do estado de São Paulo auditoria referente ao parcelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Ao final do depoimento do prestador de serviços da Beta e da Promodal Pedro Vieira de Souza, o sub-relator apresentou planilha de previsão de pagamentos feita pela Promodal, na qual constam alegados pagamentos semanais de PIS e Cofins, de R$ 15 mil a R$ 20 mil, possivelmente pagos em 2002.
O relator desconfia que na verdade os pagamentos se refiram a propinas devidas por perdão ou redução de dívidas com essas contribuições.