Reportagem do jornal O Globo deste domingo revela que a disputa entre o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin pela candidatura à Presidência da República jogou para escanteio no PSDB o debate sobre a eleição ao governo de São Paulo. Os tucanos resolveram adiar a definição sobre o candidato do maior colégio eleitoral do país para abril, depois do acerto sobre o presidenciável, que deve sair até março.
Enquanto os tucanos consideram que Serra ou Alckmin terão influência sobre a escolha do candidato, uma ala do PSDB paulista avalia que o preterido indicará livremente seu candidato, como prêmio de consolação. Oficialmente o discurso é que a escolha passará pela análise dos pré-candidatos.
"Quem for escolhido (Serra ou Alckmin) terá influência sobre o candidato, claro, mas o peso maior será o da avaliação sobre a penetração política de cada um dos pré-candidatos", avalia o presidente do PSDB em São Paulo, o deputado Sidney Beraldo.
A disputa entre Serra e Alckmin cacifou para a disputa estadual nomes como o do vereador José Aníbal, dos ex-ministros Aloysio Nunes Ferreira (atual secretário de Governo da prefeitura de São Paulo), de Paulo Renato de Souza e do deputado Alberto Goldman. Do secretariado de Alckmin, aparecem em bolsas de apostas Gabriel Chalita (Educação) e Emanuel Fernandes (Habitação).
Ao jogar para abril a decisão, o PSDB tenta entrar na corrida pelo governo em igualdade de condições com o maior adversário político, o PT, que também deve escolher o postulante na mesma época. A ex-prefeita Marta Suplicy e o senador Aloizio Mercadante são os principais nomes.