No encerramento da reunião, o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), justificou a omissão no relatório parcial apresentado nesta quarta-feira de um adiantamento de R$ 48 milhões pago pela Visanet e pelo Banco do Brasil a agências de publicidade, no governo Fernando Henrique.
Segundo ele, o dado, cobrado pelo deputado Jorge Bittar (PT-RJ), não entrou no relatório porque se referia a uma única campanha. "O serviço foi realizado em prazo muito próximo da antecipação", comentou.
Recorte
O relator também justificou a falta de detalhes sobre as suspeitas de desvio de recursos públicos em contrato firmado pela agência de publicidade SMPB, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, com a Telecomunicações de São Paulo (Telesp), antes de sua privatização, e a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), também no Governo Fernando Henrique.
Serraglio explicou que fez um "recorte" para confrontar a versão de Marcos Valério com os dados apurados pela CPI. Ele destacou, no entanto, que todos os episódios envolvendo as empresas de Marcos Valério estão sendo investigados.