Em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB), disse que tem a confirmação de pagamento de propina quando da prorrogação do contrato de R$ 650 milhões da Caixa Econômica Federal (CEF) com a multinacional GTech para a gestão dos sistema de loterias. O senador citou um pagamento de R$ 5 milhões feito pela GTech a Valter Santos Neto, da empresa MM Consultoria.
"Houve (pagamento de propina) sim. [É] o caso do [advogado] Valter Santos Neto, da MM Consultoria, que deve voltar à CPI. Isso está comprovado. No relatório, vamos mostrar a relação da GTech com a MM. Não temos dúvida de que Valter Santos Neto entrou na história da GTech para receber e repassar propina no valor de R$ 5 milhões, que foi o valor que ele cobrou para [apresentar ao Superior Tribunal de Justiça] uma simples [ação] cautelar", disse Efraim Moraes à jornalista Andréa Michel. Valter Santos Neto foi, segundo o jornal, procurado pela reportagem, mas não atendeu aos telefones em sua casa.