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Marinho abre o jogo

Congresso em Foco

8/9/2005 10:46

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Diego Moraes


Em depoimento ao Ministério Público Federal, o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho revelou a existência de um esquema de loteamento de cargos para arrecadação de dinheiro para partidos políticos dentro da estatal. Segundo ele, as irregularidades na empresa começaram ainda no governo Fernando Henrique Cardoso.

O principal beneficiário da cobrança de propina para favorecimento em licitações seria o PTB, presidido até dois meses atrás pelo deputado Roberto Jefferson (RJ). De acordo com o relato do funcionário, o genro de Jefferson, Marcus Vinícius Vasconcellos, matinha contatos periódicos com o então diretor de Administração, Antônio Osório, e seu assessor Fernando Godoy, responsáveis pela arrecadação de dinheiro para o partido na estatal.

As declarações de Marinho, às quais o Congresso em Foco teve acesso, contrariam o depoimento prestado por ele à CPI dos Correios. No depoimento de 82 páginas, ele acusa o ex-presidente da estatal Hassan Gebrim de ter fechado, entre 2001 e 2002, contratos superfaturados com a Skymaster, responsável pelo correio aéreo noturno. Gebrim, que foi indicado para ocupar o cargo pelo então ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB, teria feito viagens ao exterior para negociar propina.

"É tudo mentira. Eu vou ao exterior de dois em dois anos, mas somente a passeio. Nunca negociei propina", afirmou o ex-presidente da estatal ao Congresso em Foco .

Marinho admitiu ter participado ativamente do esquema de corrupção montado na ECT para beneficiar empresas em licitações em troca de doações para partidos. O funcionário contou ter recebido cerca de R$ 20 mil entre setembro de 2004 e abril deste ano de quatro empresas de materiais gráficos (Polycart, Incomir, ELC/ Starlock e Multiforma) e do empresário Arthur Wascheck Neto. Mas, segundo ele, quantia muito superior foi repassada aos seus superiores e ao PTB.

O esquema, de acordo com Marinho, também beneficiava o PMDB e o PT. Em troca do dinheiro, as empresas recebiam a garantia de que a estatal iria comprar seus produtos, além de outros favorecimentos.

O funcionário dos Correios também falou do episódio em que foi flagrado recebendo R$ 3 mil de propina. A gravação, feita por uma dupla de empresários, foi o estopim de toda a crise política. No depoimento, Marinho afirma que o valor recebido é irrisório perto de toda a negociata que existe dentro da estatal. Segundo ele, o trânsito de pessoas e a movimentação financeira nos corredores da sede dos Correios são intensos.

Por meio de nota divulgada ontem, a atual diretoria dos Correios cobrou a apresentação de provas para as acusações de "irregularidades generalizadas" na estatal.

O ex-chefe dos Correios aceitou prestar esclarecimentos aos procuradores desde que recebesse o benefício da delação premiada, que garante a redução da pena, no caso de uma condenação, em troca de ajuda às investigações. Marinho disse ter medo de represálias e, por isso, decidiu contar o que sabe em segredo de Justiça.

 

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