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Entenda o caso Palocci

Congresso em Foco

8/9/2005 9:44

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Guillermo Rivera


O advogado Rogério Tadeu Buratti afirmou, em depoimento ao Ministério Público, que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, quando prefeito de Ribeirão Preto (SP), recebia pagamento de R$ 50 mil reais por mês de empreiteiras que cuidavam do serviço de lixo da cidade. Buratti foi secretário de Governo da prefeitura nos dois anos iniciais da primeira gestão de Palocci, entre 1993 e 1996. O dinheiro seria repassado ao então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, em troca de favorecimentos para a empresa. A informação foi divulgada pelo promotor Sebastião Sérgio da Silveira, que acompanha o depoimento de Buratti na Delegacia Seccional de Ribeirão Preto (SP).

Preso por dois dias sob a acusação de lavagem de dinheiro e destruição de documentos, Buratti depôs na última sexta-feira (19) mediante a garantia de delação premiada - ou seja, dependendo do grau de veracidade das afirmações, poderá ter sua pena reduzida. Além de ter sido assessor de Palocci na prefeitura, o advogado trabalhou para a Leão e Leão até 2004.

A situação do ministro se agravou ainda mais com denúncia veiculada na última edição da revista Veja de que Buratti oferecia a alguns empresários encontros com Palocci. A reportagem, todavia, não deixa claro se os encontros ocorreram de fato. Na matéria, que seria baseada em documentos, e-mails e grampos telefônicos coletados em quase dois anos de investigação, há a transcrição do diálogo de um empresário com o advogado.

Na conversa, o empresário, ainda não identificado, pediu a Buratti que o auxiliasse a obter uma certidão negativa na Receita Federal a fim de participar de uma licitação em Ribeirão Preto. O advogado teria respondido ao empresário que precisaria saber qual a urgência, pois não conseguiria, naquela data, conversar com Palocci. Um dos diálogos, gravados em 26 de julho de 2004, indica que Buratti conhecia a agenda do ministro.

Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo revela que material apreendido na sede da Leão e Leão pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual reforça a versão de Rogério Buratti. O documento seria um arquivo de computador denominado "despesas diversas", encontrado no notebook do ex-presidente da Leão Ambiental, Wilney Barquete. O documento se refere ao pagamento de "mensalidades" que variariam entre R$ 3 mil e R$ 50 mil a cinco cidades do interior de São Paulo - entre elas, Ribeirão Preto.

Em seu depoimento ao Ministério Público, Buratti afirmou que Palocci recebia, naquela época, pagamento de R$ 50 mil por mês da Leão e Leão, empreiteira que cuidava do serviço de lixo na cidade. Buratti informou ainda que o dinheiro era repassado ao diretório nacional do PT para fazer caixa de campanha. O negócio seria intermediado por Ralf Barquete dos Santos, ex-secretário da Fazenda de Palocci, que morreu de câncer em julho de 2004. O Grupo Leão e Leão divulgou nota oficial na qual nega todas as acusações.

Buratti também afirmou que a multinacional Gtech ofereceu propina de R$ 16 milhões ao PT. O dinheiro serviria para que fosse renovado o contrato de fornecimento de tecnologia para a Caixa Econômica Federal (CEF). Mas o advogado disse que o negócio não foi fechado porque Palocci resolveu não participar do acordo.

As denúncias, porém, ainda são encaradas com certa cautela. O Ministério Público Estadual admitiu ontem não ter qualquer prova documental em relação ao suposto envolvimento entre Palocci e fraudes no esquema de licitações de Ribeirão Preto. O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, no entanto, disse que há "fartas provas" sobre fraudes em licitações da prefeitura de Ribeirão Preto.
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