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Congresso em Foco
6/9/2005 10:56
No Planalto
O Palácio do Planalto não se manifestou ontem sobre as declarações do publicitário baiano. Diante do agravamento da crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu se pronunciar sobre o assunto, na TV, na abertura da reunião ministerial prevista para hoje.
No Senado
Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado
Citado no depoimento de Duda, o senador compareceu à CPI dos Correios para afirmar que se sentia perplexo com a revelação de que sua campanha foi financiada com dinheiro de caixa dois. Admitiu, em seguida, deixar o partido, caso o PT não passe por mudanças profundas.
"Não reconheço mais o partido que ajudei a construir durante 25 anos. O partido tem de decidir o seu caminho: ou ele (PT) volta e se reencontra com seus valores ou, se ele seguir esse caminho, estou fora."
"Jamais soube da história que está sendo contada aqui. Jamais negociei qualquer contrato (de publicidade), valores ou pagamento no exterior. Para mim, o custo era aquele que estava declarado. Delúbio (Soares, ex-tesoureiro do PT) nunca me contou a verdade. Minha única dificuldade é saber de tudo isso pela televisão e pela CPI. Minha única tristeza nesse episódio é, depois de dois anos e meio, os companheiros não terem me contado nada é só ficar sabendo dos fatos nesta situação."
Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado
Não poupou Lula ao comentar as declarações do publicitário Duda Mendonça e cobrou explicações imediatas do presidente, a quem acusou de mentir.
"O governo Lula da Silva acabou oficialmente hoje. O presidente agora tem de ir à televisão explicar tudo desde o começo. Onde começa e onde termina sua responsabilidade como presidente sobre esses episódios. Se ele tiver responsabilidade direta, deve pagar por ela. O presidente tem de admitir com clareza sua responsabilidade. (...) Pare de mentir, presidente. A mentira está fazendo o país não acreditar mais na vida pública. A mentira está levando as pessoas a não mais acreditar no presidente."
Álvaro Dias (PSDB-PR), vice-líder do partido no Senado
Disse que, embora não seja favorável à abertura de um processo de impeachment contra o presidente Lula, considera esta uma alternativa a ser analisada.
"Confesso que este é o momento de maior melancolia que jamais vivi em toda minha trajetória de parlamentar. Estamos no limiar de uma crise política sem precedentes. É inevitável discutirmos a palavra impeachment, depois das revelações de fatos deploráveis que revelam o estelionato eleitoral, ironicamente na voz daquele que se tornou o grande responsável pelo imagem do presidente e de seu governo. É exatamente Duda Mendonça que destrói, de forma definitiva, essa mesma imagem."
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado
"O depoimento nos remete a um cenário pantanoso de ilegalidade, incompatível com a legislação brasileira. Sonegação fiscal, evasão, conta no exterior, são coisas que precisam ser investigadas o mais rapidamente possível. Nada pode ficar sem resposta."
Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da CPI dos Correios
"Não podemos fazer nenhuma avaliação. Falar em impeachment agora é algo muito precipitado. Não podemos afirmar, em hipótese nenhuma, que Lula está envolvido."
Pedro Simon (PMDB-RS), senador
Cobrou, na tribuna do Senado, que é a hora de Lula "assumir seus erros e sua parcela de responsabilidade". Já na CPI dos Correios, declarou que o presidente deveria prestar esclarecimentos à nação nesta sexta-feira, sob pena de colocar em risco a governabilidade do país.
"A esta altura, o presidente Lula está atingido. Dezoito deputados do PT subiram à tribuna e exigiram uma tomada de posição enérgica, alegando que não admitem o que está acontecendo. O próprio líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), garantiu que nada sabia. A hora do presidente da República falar é essa. A partir da segunda-feira as investigações da CPI tomarão outro rumo."
Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), senador
"O presidente está desgastado, a situação do governo piorou muito, mas não desejo o impeachment de Lula, quero derrotá-lo nas urnas em 2006."
Na Câmara
José Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da oposição na Câmara
"O presidente Lula não tem autoridade moral para continuar governando o Brasil, porque comandou uma farsa de traição ao povo brasileiro. Ele é o beneficiário e, portanto, o arquiteto de tudo isso"
Alberto Goldman (PSDB-SP), líder do partido na Câmara
O líder tucano foi mais cauteloso do que o colega pefelista ao analisar a possibilidade de impeachment do presidente Lula.
"(Fernando) Collor só saiu da Presidência porque a sociedade quis, e hoje não é este o entendimento da opinião pública em relação ao presidente Lula"
Gustavo Fruet (PSDB-PR), sub-relator da CPI dos Correios
"A pessoa que vendeu a imagem de que Lula seria um presidente diferente foi pego com R$ 10 milhões num paraíso fiscal. Crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. A coisa está cada vez mais próxima do presidente Lula."
José Thomaz Nonô (PFL-AL), vice-presidente da Câmara
"A dor não é só do PT, é da classe política. Faço um chamamento à humildade. A crise demonstrou que o PT é um partido igual aos outros, com boas e más pessoas. Faltou autocrítica no PT."
Ney Lopes (PFL-RN), deputado
"Estamos assistindo hoje ao velório do PT"
Orlando Fantazzini (PT-SP), deputado
"O que vamos dizer à nossa militância? Esperamos que Lula diga à Nação tudo o que sabe, ou que faça os que sabem dizerem."
Orlando Desconsi (PT-SP), deputado
"O único gesto de hombridade que esperamos é que admitam seus erros."
Tarcísio Zimmermann (PT-RS), deputado
"Nós não somos Delúbio (...) Foram 25 anos de militância e muitos militantes morreram na luta contra a ditadura."
No PT
Tarso Genro, presidente do partido
Mesmo classificando como "muito graves" as declarações de Duda, disse que não há indícios que comprometam Lula.
"Não temos nenhum fato inclusive do próprio depoimento do Duda que atinja diretamente o presidente da República. Nós do PT vamos defender o mandato do presidente. Isso já estava em andamento na visão de certos setores da oposição. Não há nenhum fato, nenhuma legitimação moral nem jurídica para a impeachment."
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