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Congresso em Foco
13/7/2005 21:13
Sônia Mossri |
"Há um ressentimento de setores que apoiavam Lula. Agora, a classe média é que tem que pagar mais imposto, colégio particular e plano de saúde. Começa a cair a ficha sobre o que é o governo do PT", observa o deputado Sérgio Miranda (PCdoB-MG). Sérgio Miranda atribui ao governo, com seu estilo extremamente centralizador, os problemas que enfrenta com os aliados no Congresso. "A participação do partidos aliados é muito limitada", afirmou. Ele acredita que não vai dar para manter a política de superávit fiscal (mais receita do que despesas) nos próximos anos se o governo Lula quiser retomar os investimentos na economia e apresentar resultados positivos em áreas como saúde, educação, transporte e energia. "Qual o projeto que o governo vai defender em 2006? A bolsa família? A política econômica", critica Sérgio Miranda. O líder do PSB na Câmara, Renato Casagrande (ES), também concorda que a manutenção de superávits elevados é um problema para o governo Lula. Ele analisa que o projeto das Parcerias Público-Privadas (PPP) não terá condições de corrigir todas as deficiências na área de infra-estrutura. Para Casagrande, se quiser evitar o risco de "apagão" nas áreas de energia e transporte, o governo Lula teria que abrir mão de superávits fiscais elevados. Com isso, haveria mais recursos orçamentários disponíveis para a construção de obras públicas que permitam um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, conjunto de riquezas produzidas no país) superior a 5% nos próximos anos. Já o deputado Carlito Merss (PT-SC) afirma que o país está tendo "crescimento medíocre". Ele aponta a existência de enormes gargalos na economia que impossibilitam nível de expansão anual em torno de 7%. "Se não forem aprovadas as PPPs, estamos ferrados. O Brasil não tem dinheiro para quebrar galho", alerta o deputado. Correção da tabela do I.R. vai sair Essa é uma medida que tem como objetivo diminuir a insatisfação da classe média, que de eleitorado cativo do PT passou para a oposição no centro-sul do país. Esses votos são essenciais para a reeleição do presidente Lula em 2006. No entanto, Carlito admite que não deverá sair uma completa reestruturação da tabela, com implantação de progressividades através do aumento das faixas de alíquotas. A exemplo de grande parte dos petistas, Carlito aplaude o estilo José Dirceu e Aldo Rebelo. Segundo o deputado, não se pode fazer governo de coalizão porque "o Brasil não tem partidos". Por isso mesmo, continua, as negociações são feitas à base de emendas e cargos. |
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