Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
2/11/2010 19:11
Fábio Góis
Os jornalistas que fazem a chamada "cobertura de porta" na rua da recém-eleita presidente da República, Dilma Rousseff (PT), estão acostumados às notícias - e receberam uma boa nesta terça-feira (2), feriado de Finados. É que um vizinho de Dilma, o profissional aposentado da área de logística Robério Simionato, resolveu abrir a garagem de sua casa para abrigar repórteres e cinegrafistas, com seus aparatos funcionais.
Mesas e cadeiras foram postos no cômodo para propiciar aos profissionais de imprensa um certo conforto - bem diferente daquele proporcionado por meio-fios improvisados como assento e carros como base para laptops. Com direito a água gelada e acesso ao banheiro térreo.
E energia elétrica para acudir baterias descarregadas de celular e computadores portáteis. Desde que a petista deixou a residência oficial da Casa Civil, em abril, e se mudou para a casa que fica a duas da de Robério, o aposentado tem visto dezenas de jornalistas, cinegrafistas e motoristas dos mais diversos veículos de comunicação ao sabor das chuvas ou do sol forte.
No caso do material humano, não há "bateria" que suporte as intempéries. Diante dos seguidos plantões da imprensa a duas casas de onde mora no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, Robério resolveu "participar da história".
A generosidade acabou por transformá-lo em personagem de notícia. "Sempre quis participar da história", disse o aposentado à rádio CBN. "Quando olhei, pensei: 'Onde eles vão tomar água? Onde eles vão tomar café? Onde vão usar o banheiro?'. Daí eu brinquei falando que ia dar uma logística para esse pessoal que passa informações importantes pro Brasil inteiro", resumiu Robério ao portal G1.
Vice-síndico da rua, Robério disse não ter sido incomodado pela movimentação durante e depois da campanha eleitoral que consagrou Dilma. Ao contrário, classificou como "atípico, mas salutar" o trabalho livre da imprensa naquele canto do bairro do Plano Piloto.
A generosidade de Robério vem acompanhada de bom-humor e interesse pela cena política. "O bom é que eu tenho acesso em primeira mão sobre o que está acontecendo", brincou o aposentado, que declarou voto no projeto de governo do PT, e não em Dilma, com quem diz nunca ter conversado. Talvez nem consiga, ao menos na condição de vizinho: em 1º de janeiro de 2011, data da posse presidencial, Dilma terá o Palácio da Alvorada como residência pelos próximos quatros anos.
Temas
REAÇÃO AO TARIFAÇO
Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora