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VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Congresso em Foco
15/9/2025 | Atualizado às 14:41
A professora Melina Girardi Fachin, diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e filha do ministro Edson Fachin, foi alvo de uma cusparada e xingamentos na manhã da última sexta-feira (12). O ataque ocorreu na saída do prédio da universidade, quatro dias após um tumulto envolvendo o vereador Guilherme Kilter (Novo) e o advogado Jeffrey Chiquini, que tentaram forçar a entrada no campus para participar de uma palestra cancelada.
"Um homem branco, sem se identificar, (...), se aproximou e desferiu uma cusparada na professora, xingando-a de 'lixo comunista. Este não é um caso isolado de violência física e política, nem tampouco um caso isolado de violência contra a mulher", relatou o advogado Marcos Rocha Gonçalves, esposo de Melina.
A agressão aconteceu após o cancelamento do seminário "Como o STF tem alterado a interpretação constitucional", que reuniria Kilter e Chiquini. Mesmo informados da suspensão, os dois tentaram forçar o acesso ao salão nobre da faculdade, bloqueado por alunos e professores. Vídeos registraram empurrões, inclusive contra o vice-diretor da unidade, professor Rui Dissenha. A polícia precisou intervir na situação.
A direção da faculdade classificou a conduta de Guilherme Kilter e Jeffrey Chiquini como uma tentativa de invasão da unidade. Os dois reagiram abrindo uma ação judicial contra Melina Fachin e o reitor Marcos Sunyê, além de movimentarem uma campanha de repúdio aos dois em suas redes sociais.
Apoio da OAB
Diante do episódio, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se pronunciou em defesa de Melina. "A democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento - jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento", afirmou a Ordem em nota assinada pelo presidente do Conselho, Beto Simonetti, bem como pela presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, Silvia Souza.
Confira a íntegra da nota:
"O Conselho Federal da OAB, junto à sua Comissão Nacional de Direitos Humanos, manifesta solidariedade à professora doutora Melina Fachin, integrante da Comissão e diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ela foi vítima de agressão física e verbal em dependências da instituição, na última sexta-feira (12/9).
A entidade repudia veementemente o episódio, que afronta valores essenciais da vida democrática. A democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento - jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento.
Colocando-se ao lado de Melina Fachin e da comunidade acadêmica da UFPR, a OAB Nacional reafirma seu compromisso com a defesa da dignidade da pessoa humana, na proteção dos direitos fundamentais e na construção de uma sociedade livre de intolerância e violência."
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