Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Data da Operação Carne Fraca derruba versão de Temer para receber ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Data da Operação Carne Fraca derruba versão de Temer para receber Joesley no Jaburu

Congresso em Foco

22/5/2017 | Atualizado às 11:45

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_294538" align="aligncenter" width="550" caption="Temer: "Quando tentou muitas vezes falar comigo, achei que fosse por questão da (Operação) Carne Fraca. Eu disse: 'Venha quando for possível, eu atendo todo mundo'""][/caption]   Um confronto de datas põe em xeque a versão dada pelo presidente Michel Temer (PMDB) para justificar por que recebeu, fora da agenda oficial, no final da noite, o empresário Joesley Batista. Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira (22), Temer disse só que resolveu atender ao presidente da J&F porque o empresário insistiu de maneira incessante. O encontro, cujos diálogos foram gravados, ocorreu em 7 de março, no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência. O presidente contou que acreditava que Joesley queria conversar com ele "por questão da Carne Fraca", operação da Polícia Federal que teve a Friboi, da J&F, como um dos seus principais alvos. O problema, porém, é que a operação que mirou empresas acusadas de adulterar carnes só foi deflagrada dez dias depois, em 17 de março. Ou seja, não havia como o investigado nem o presidente ter conhecimento da investigação àquela altura. Fora a inconveniência de um presidente da República receber um investigado na residência oficial fora da agenda, há outra contradição do peemedebista em seu relato à Folha. Ele disse que não sabia, na data do encontro, que o empresário era investigado. Naquele momento, Joesley e seu grupo empresarial já eram alvos de três ações da PF: a Sepsis, a Cui Bono? e a Greenfield. Todas elas amplamente divulgadas pela imprensa. Veja o trecho da entrevista em que Temer explica por que resolveu receber o empresário, acusado agora por ele de ter "enganado" os brasileiros e "prejudicado" o país, com financiamentos bilionários do BNDES, ao longo dos governos Lula e Dilma - inclusive no período em que ele era vice-presidente da República: "Mas veja bem. Ele é um grande empresário. Quando tentou muitas vezes falar comigo, achei que fosse por questão da [Operação] Carne Fraca. Eu disse: 'Venha quando for possível, eu atendo todo mundo'. [Joesley disse] 'Mas eu tenho muitos interesses no governo, tenho empregados, dou muito emprego'. Daí ele me disse que tinha contato com Geddel [V. Lima, ex-ministro], falou do Rodrigo [Rocha Loures], falei: 'Fale com o Rodrigo quando quiser, para não falar toda hora comigo.' Ele buscou o sr. diretamente? Ele tentou três vezes me procurar. Ligou uma vez para a minha secretária, depois ligou aquele rapaz, o [Ricardo] Saud, eu não quis atendê-lo. Houve um dia que ele me pegou, conseguiu o meu telefone, e eu fiquei sem graça de não atendê-lo. Eu acho que ele ligou ou mandou alguém falar comigo, agora confesso que não me recordo bem. Por que não estava na agenda? A lei manda. Você sabe que muitas vezes eu marco cinco audiências e recebo 15 pessoas. Às vezes à noite, portanto inteiramente fora da agenda. Eu começo recebendo às vezes no café da manhã e vou para casa às 22h, tem alguém que quer conversar comigo. Até pode-se dizer, rigorosamente, deveria constar da agenda. Você tem razão. Foi uma falha? Foi, digamos, um hábito. Um hábito ilegal, não? Não é ilegal porque não é da minha postura ao longo do tempo [na verdade, está na lei 12.813/13]. Talvez eu tenha de tomar mais cuidado. Bastava ter um detector de metal para saber se ele tinha alguma coisa ou não, e não me gravaria. É moralmente defensável receber tarde da noite, fora da agenda, um empresário que estava sendo investigado? Eu nem sabia que ele estava sendo investigado. O sr. não sabia? No primeiro momento não. Estava no noticiário o tempo todo, presidente [Joesley naquele momento era investigado nas operações Sepsis, Cui Bono? e Greenfield]. Ele disse na fala comigo que as pessoas estavam tentando apanhá-lo, investigá-lo." Carne Fraca Deflagrada dez dias após o encontro de Temer com Joesley, a Carne Fraca acusou as maiores empresas do ramo de alimentos processados e embutidos, como a JBS, dona das marcas Seara, Swift, Friboi e Vigor, e a BRF, dona da Sadia e Perdigão, de adulterar a carne que vendiam no mercado interno e externo. A operação se debruçou sobre mais de 30 empresas alimentícias do país, acusadas de vender carne estragada, mudar a data de vencimento, maquiar o aspecto e usar produtos químicos supostamente cancerígenos, além de apontar agentes do governo acusados de liberar irregularmente esses produtos. O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, aparece em uma gravação telefônica cobrando de um dos chefes do esquema e principal alvo da investigação Daniel Gonçalves Filho, sobre a fiscalização em um dos frigoríficos envolvidos. Na época do diálogo, Serraglio exercia o mandato de deputado. Ele nega ter atuado para favorecer qualquer empresa. A Carne Fraca foi intensamente criticada por integrantes do governo e até da PF, que consideraram a operação midiática e repleta de falhas no processo de investigação, a começar por distorções na interpretação de conversas interceptadas. Temer também manifestou publicamente sua insatisfação com o alarde da operação. "De repente, faz-se um espetáculo com este episódio e cria um problema internacional. Nós exportamos para a China quase US$ 2 bilhões por ano e a China suspendeu agora [a importação da carne brasileira] por uma semana apenas, e apenas relativamente aos 21 frigoríficos [alvos da operação da PF]", completou Michel Temer. O presidente levou embaixadores a uma churrascaria em Brasília para provar que a carne brasileira era de qualidade. Temer diz que assessor flagrado com propina é de "boa índole" e que renunciar seria confissão de culpa Mais sobre a Operação Carne Fraca
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Michel Temer Joesley Batista Carne Fraca

Temas

Reportagem Corrupção Justiça

LEIA MAIS

DEPUTADA FORAGIDA

Oposição italiana acusa governo de Giorgia Meloni de proteger Zambelli

DEPUTADA FORAGIDA

Itália diz que busca Zambelli e que Bolsonaro não pediu cidadania

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES